Pedágio, cassação no TSE e confusão no litoral paranaense
O fim de uma Era – O pedágio acaba?
Depois de 24 anos, finalmente o Paraná se livra, neste mês, dos atuais contratos de pedágios. Assinadas nos anos 1990 pelo então governador Jaime Lerner, as concessões se transformaram em uma chaga, que misturou preço alto, corrupção e obras não entregues. Apesar disso, o assunto ainda vai longe na Justiça. O estado está processando várias concessionárias para ressarcir o povo dos prejuízos.
Novas concessões – o pedágio do futuro
As novas concessões ainda são uma incógnita. Apesar do novo modelo ser oriundo de uma discussão intensa entre o setor produtivo e o poder público, o Governo Federal jogou o leilão que vai definir as novas empresas para o fim do ano que vem, ou seja, depois das eleições. Até lá, tudo pode mudar, incluindo a fórmula, que promete preço baixo e realização de obras. Temos só uma certeza: o tema estará muito presente nas campanhas eleitorais.
Positivo
O Paraná está liderando uma proposta que prevê a criação de um fundo capaz de custear as oscilações do câmbio, que, constantemente, têm impactado no valor dos combustíveis. O secretário da fazenda, Renê Garcia Júnior, discutiu a ideia em uma reunião do Fórum Nacional de Governadores com o presidente do Senado.
Negativo
A nova empresa que assumiu a travessia da Baía de Guaratuba falhou de novo. Desta vez, uma das balsas sofreu uma pane e deixou veículos e motoristas à deriva. Vídeos na internet registraram o desespero. A nova empresa reajustou a tarifa em 20% e, até agora, não conseguiu prestar um
bom serviço. Vergonha.
Cassação no TSE – Cassa um, entram quatro
A conta parece estranha, mas é isso mesmo. O TSE cassou o deputado estadual Fernando Franscischini (PSL) por espalhar fake news. Como ele fez 427 mil votos, a regra do quociente eleitoral fez com que elegesse mais 3 correligionários: Cassiano Caron, Do Carmo e Emerson Bacil. Com a queda do delegado, todos rodaram. Entraram nos lugares vagos: Nereu Moura (MDB), Pedro Paulo Bazana (PV), Adelino Ribeiro (PRP) e Elio Rusch
(DEM).
Litoral paranaense – Confusão na marina
O pedido de associação de um procurador da república no exclusivo Iate Clube Caiobá causou confusão entre os sócios. Muitos dos membros foram radicalmente contra a entrada de Diogo Castor de Mattos, que atuou na Lava Jato e é visto como persona non grata no local. Com a ameaça de desassociação em massa, a direção do clube pediu ao procurador que desistisse da filiação ao ICC.
*Matéria originalmente publicada na edição #254 da revista TOPVIEW.