Papo final: Fabiano Lago

Fabiano Lago graduou-se em Medicina pela PUCPR em 1991. Cursou residência em Clínica Médica e em Endocrinologia e Metabologia no Hospital de Clínicas da UFPR. Ele também é pós-graduado em Biologia Molecular e Obesidade pela Laval Université, localizada em Quebec City, no Canadá. É membro da Endocrine Society, da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e da Sociedade Brasileira de Tireoide e da Sociedade Brasileira de Diabetes. Atualmente, é médico endocrinologista do Spa Estância do Lago.

Uma lembrança da infância?
Jogar bets com amigos e primos na Prainha, em Caiobá.

Uma curiosidade sobre você?
Além da medicina, curto jardinagem. Gosto de cuidar do jardim e do paisagismo no Estância do Lago.

Atitude mais admirável que testemunhou recentemente?
O esforço de um pai, paciente meu, estudando intensa e incessantemente, em uma luta em busca do conhecimento que leve à cura da doença de sua filha – até o presente momento incurável.

Defina bem-estar em uma frase.
Estar feliz e em paz ao lado de quem se ama.

Último presente que se deu?
Uma planta.

Qual é a maior dica para manter o bem-estar em tempos pandêmicos?
Estar atento às pessoas ao seu redor, cuidar com carinho de suas relações afetivas. Nosso bem-estar e nossa qualidade de vida, são definidos pela qualidade das nossas relações afetivas.

Algo inusitado que recomenda que todos façam uma vez na vida?
Viver por um tempo em um país de cultura não ocidental ou com uma cultura bem diferente da sua.

Uma mudança importante na sua personalidade no último ano?
Não sei se houve uma mudança importante na personalidade em si, mas, talvez, na percepção, valorizando mais a saúde e as pessoas, além de um olhar mais atento às pequenas sutilezas da vida.

Se não fosse você, quem gostaria de ser?
Difícil conhecer tanto assim a vida de outra pessoa. Talvez alguém que, ao olhar para trás, contemplasse uma vida plena, vivida com sabedoria, felicidade nas coisas simples, amizades verdadeiras, momentos especiais, amores genuínos. E, ao final, tivesse mudado a vida das pessoas para melhor, deixado um legado de solidariedade.

Qual a primeira coisa que gostaria de fazer no pós-pandemia?
Dar um basta no distanciamento e abraçar as pessoas que estão no meu coração.

Defina sua profissão em um parágrafo.
Medicina é sobre doação. Vou citar um parágrafo que li há muito tempo, escrito por Adib Jatene, e que, para mim, faz muito sentido: “a função do médico é curar. Quando ele não pode curar, precisa aliviar. E, quando ele não pode curar nem aliviar, precisa confortar. O médico precisa ser especialista em gente.”

Quem o inspira atualmente?
Enfermeiros da linha de frente no combate à COVID-19. 

*Conteúdo originalmente publicado na edição #244 da revista TOPVIEW.