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O capitalismo e a missão de cada um

O empresário tem o desafio de gerir pessoas, satisfazer clientes e, assim, movimentar a economia

O embate ideológico é o enfrentamento de teorias sociais diferentes em que os defensores de cada modelo de sociedade buscam exaltar as virtudes do sistema que defendem e apontar os defeitos dos sistemas que condenam. O embate mais explícito se dá
entre capitalismo e socialismo (ou comunismo). Hoje, a maioria dos países é capitalista, com variados graus de estatização. Como China, Cuba, Coreia do Norte e Vietnã são os poucos regimes comunistas, o próprio capitalismo deve fazer sua autocrítica para corrigir distorções.

O capitalismo é um sistema baseado na organização empresarial da produção, na propriedade privada dos meios de produção e no trabalho assalariado e apresenta duas deficiências que devem ser prevenidas constantemente: as crises recessivas e a desigualdade social. A prioridade dos governos deve ser a instituição de políticas econômicas que atuem para amenizar os ciclos de expansão e recessão, de um lado, e reduzam a desigualdade de renda entre as classes sociais, de outro.

Indo para o fim de 2020, o estrago econômico e social feito pela pandemia impõe, ao governo e à sociedade, o desafio de encontrar meios para a reorganização da economia, a retomada do crescimento e a criação de empregos no menor tempo possível e com crescimento da produção nacional a taxas elevadas – condição necessária para obter a prosperidade. 

Nesse cenário, empresários, governantes e trabalhadores estão diante de uma nobre missão: dar o melhor de si para a recuperação. O empresário em particular terá um papel especial, cujo objetivo é descobrir oportunidades, investir, produzir, gerar emprego e pagar impostos. Tudo sob condições de risco e incerteza.

Muita gente vê o empresário como alguém privilegiado. É um equívoco. Em sua maioria, são micro, pequenos e médios empresários, nem ricos nem privilegiados, e sua sobrevivência depende de ser eficiente, satisfazer o consumidor e ajustar suas ações aos interesses do mercado. Se for eficiente, o lucro é o prêmio e a empresa prospera. Se for ineficiente, o prejuízo é o castigo representado por fracasso e falência. O desafio é grande.

*Coluna originalmente publicada na edição #243 da revista TOPVIEW.

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