Nossa Brasilidade na educação
O começo da minha carreira solo se deu principalmente quando coordenei cursos livres em Curitiba e Paris. Foram 5 anos de muito aprendizado e de conexões ímpares, que já na época, 2012-2016, discutia-se o papel de mediador do professor para alunos cada vez mais protagonistas e informados.
“O Brasil se destaca com a sua personalidade, sociabilidade, empatia e carisma”, exemplifica Beatriz Blecher, diretora regional para as Américas da Sommet Education, que controla as prestigiosas universidades Glion Institute of Higher Education com campus na Suíca, Espanha, China e Reino Unido e École Ducasse na França.
O brasileiro é bem visto e bem apreciado fora do Brasil, vejo isso pela garra e trabalho, principalmente pelos expatriados, que muitas vezes saem do país em busca de mais formação, ficando nos locais onde se especializam, conclui Beatriz. Porém, olhando para o futuro da educação no Brasil ainda temos muito o que avançar, já que também somos vistos como tradicionalistas, tendo, muitas vezes, nossa educação direcionada pela tradição condicionada à nossa cultura, não seguindo a integração da prática entre o que se aprende e o que se gera de resultado nas universidades.
O mercado da educação hoje tem focado principalmente no desenvolvimento de soft skills e na conexão, ainda no período de estudos, dos alunos e do mercado. Falar idiomas, ter raciocínio lógico apurado, compreender a tecnologia e fazer leitura e programação de algoritmos é o mínimo necessário.
A necessidade cada vez maior de criar autoestima e autoconfiança em um aluno que precisa ser um verdadeiro curador de resultados a partir da eterna construção de seu repertório, é um dos direcionamentos para a educação. Para Beatriz, o Brasil tem excelentes universidades, mas se comparado aos grandes hubs – EUA e Europa, ainda existem oportunidades de modernização na educação.
Começamos a ver a implantação de formas de se educar neste sentido de empresas de educação essencialmente brasileiras, mas ao ponto de termos alunos estrangeiros também interessados em se formar no Brasil, há um longo caminho a percorrer. O que depende exclusivamente de mim, de você e de quem mais acredita que pela educação iremos avançar em todos os pontos da vida que se une em sociedade.
Qual o seu pensamento sobre tudo isso?
*Coluna digital para a edição 251 da revista TOPVIEW.