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Liderança: multinacionais elegem millenials para o cargo de CEO

Chegou a hora dos millenials, como são conhecidas as pessoas da geração Y, famosos por serem a primeira geração de nativos digitais. Essas pessoas geralmente já tem uma trajetória profissional consolidada e muitas delas estão chegando ao topo do mercado corporativo, representado pelo cargo de CEO (chief executive officer) — a nomenclatura mais usada hoje em dia para os principais executivos de grandes organizações.

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Segundo estudo da consultoria Spencer Stuart com as empresas do S&P 500 Index, o índice que reúne as 500 principais companhias de capital aberto dos EUA, o percentual de CEOs com menos de 50 anos mais que dobrou desde 2000, passando de 12%, naquele ano, para 30%, em 2022. No Brasil, há indícios de que estamos no mesmo caminho, com uma particularidade. Do ano passado para cá, algumas grandes organizações, com atuação em diferentes setores da economia, anunciaram profissionais jovens formados “em casa” para seu comando, a começar pelo novo CEO da Gol Linhas Aéreas, Celso Ferrer, que chegou ao topo com apenas 38 anos.

Para o cofundador da escola de empreendedorismo meuSucesso.com e autor do best seller “Gestão do Amanhã”, Sandro Magaldi, ter um jovem no principal cargo executivo ajuda na inserção das organizações neste novo mundo, totalmente orientado à transformação digital. 

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“A transformação digital é um movimento transversal, pois não tem a ver apenas com adotar ferramentas digitais, mas com difundir um pensamento digital na organização, envolvendo todas as nuances da companhia. Quando falamos de cultura organizacional, o principal artefato de uma organização é o seu líder. E quando uma organização promove um jovem a uma posição fundamental, como CEO, ela manda um sinal claro aos seus colaboradores e ao mercado sobre qual rumo vai tomar”, diz Magaldi.

“A virtuosidade do mundo vai ser derivada não apenas do universo das startups, mas sim do encontro do contemporâneo com o tradicional. Juntos, o jovem e o profissional que tem mais experiência constroem um arcabouço de conhecimento adequado à nova realidade.” 

3 millenials no cargo de CEO no Brasil

  1. Alan Ávila, ValeCard

De estagiário da área de finanças ao comando desta que é uma das maiores empresas de meios de pagamento e soluções de gestão corporativa do país, Ávila teve uma ascensão meteórica durante os quinze anos em que esteve na ValeCard, até assumir como CEO em janeiro de 2023. Com mais de mil colaboradores e 40 mil clientes sob sua responsabilidade, o jovem executivo tem como principal missão consolidar a companhia como one stop shop no mercado B2B, por meio de inovação e desenvolvimento tecnológico, que receberão investimentos superiores a R$ 50 milhões neste ano.  

  1. Celso Ferrer, Gol Linhas Aéreas

Outra “cria da casa” que chegou ao topo, neste caso depois de 17 anos atuando em diversas áreas de uma das maiores companhias de aviação do Brasil, com cerca de 14 mil colaboradores e quase 20 milhões de passageiros transportados em 2021, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ferrer promete muita escuta aos colaboradores e um trabalho colaborativo, e visa melhorar a experiência digital dos seus clientes. Além de executivo, o novo CEO também atuou como piloto, o que lhe dá uma visão 360º da Gol. 

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  1.  Carlos Alberto de Oliveira Andrade, Caoa Chery

Apesar de não ser exatamente um millenial, mas sim um integrante da geração Z, que nasceu depois de 1995, Carlos Alberto de Oliveira Andrade está nesta lista porque tem muitas semelhanças com os outros executivos citados: é um nativo digital, cresceu na empresa que agora lidera e promete acelerar a inovação para manter o sucesso que a Caoa Chery obteve nos últimos anos. O novo CEO assumiu em dezembro de 2022 a montadora fundada por seu pai tendo como cartão de visita uma nova gama de veículos híbridos e um 100% elétrico. 

 

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