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#GrlPower: da ONU para Harvard – conheça a paranaense Natalie Unterstell

A história da jovem do Paraná que se destaca entre as mulheres da política latino-americana

Com apenas 35 anos, muita inspiração, esforço e – talvez – um pouco de sorte, Natalie Unterstell tem um currículo de cair o queixo. Tudo começou quando ela ouviu umas meninas da faculdade conversando sobre uma viagem para a Amazônia. “Eu fiquei alucinada, algo mexeu comigo e eu simplesmente disse ‘oi, meu nome é Natalie e eu vou com vocês’”, conta. 

Quando voltou da Floresta Amazônica, a jovem entrou de cabeça no universo das ONGs engajadas em causas ambientais e indígenas. Sempre trabalhando com a conexão entre produtos indígenas e o intenso mercado paulista. Como a causa ganhou seu coração por inteiro, com 21 anos, ela foi morar na Amazônia. E começou a se incomodar com outros desafios e as mudanças do clima. Neste momento, ela foi selecionada para um programa na Noruega. “Rodei a Europa e conheci o ambientalismo europeu”, relembra. Nesta época ela começou a participar das movimentações internacionais e se tornou ativista das negociações. “Voltei pensando: é nisso que eu quero trabalhar! Vou atuar em políticas públicas”, decidiu.

Depois de adquirir experiências nas negociações públicas, passar pela ONU como representante do Brasil,  Natalie foi parar na Presidência da República, como diretora da área de desenvolvimento sustentável. Foi então que criou o Programa Brasil 2040 apontando cenários de mudança de clima em relação a sete setores da economia brasileira. Mas, foi demitida pelo governo quando o programa ambiental que defendia não contribuiu mais para a imagem pública de quem ocupava o executivo. 

Natalie Unterstell
Natalie Unterstell.

A mudança de Natalie Unterstell

Porém, essa mulher é demais! Ela recebeu a carta de aceite para um mestrado em Harvard. Morou um tempo em Boston e, ao fim do mestrado, retornou ao Brasil para aplicar o conhecimento recebido. Os planos eram representar os cidadãos na defesa da agenda ambiental. E, especialmente, na discussão das Mudanças Climáticas. 

Desde que voltou ao Brasil, em 2016, Natalie já atuou como co-fundadora do AGORA. Um movimento suprapartidário que promove o engajamento político. A mestra em administração pública e especialista em mudanças climáticas é a única mulher paranaense selecionada para a primeira edição do RenovaBr. O instituto de formação com foco na renovação política do Poder Legislativo.

O objetivo do projeto inédito no Brasil é qualificar pessoas de todo o país para disputarem as eleições deste ano. As lideranças foram selecionadas num processo seletivo rigoroso que contou com mais de quatro mil inscritos para 130 vagas. Além da causa ambiental, Natalie tem se tornado referência quando o assunto é empreendedorismo feminino e participação das mulheres na política. E se depender dela, agora elas vão brilhar!

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