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Em entrevista EXCLUSIVA, Leonardo Petrelli, diretor-presidente do Grupo RIC, fala dos 30 anos da empresa

Ele fala sobre o aniversário de três décadas da empresa e vislumbra qual caminho a ser trilhado daqui para frente

A Rede Independência de Comunicação demorou mais de uma década para ser formada. O grupo começou com a aquisição de duas rádios, em Curitiba e Joinville, em 1975. A primeira concessão de TV se deu um ano depois, com a então TV Cultura de Chapecó. No Paraná, a entrada da família Petrelli no mercado televisivo aconteceu via Cornélio Procópio, por meio da TV Vanguarda. Foi em 1987, com a compra da TV Independência de Curitiba, que a RIC passou a existir de forma coordenada no Paraná e em Santa Catarina. Nascia, oficialmente, o Grupo que completa 30 anos em 2017. Hoje, a RIC é formada por rádio, televisão, sites, veículos impressos e até uma plataforma de música eletrônica. Como parte das comemorações, essa trajetória foi muito lembrada nos eventos e nas ações de marketing que celebraram a data. E foi nesse clima, um misto de nostalgia com a expectativa de como serão as próximas três décadas, que a TOPVIEW conversou com Leonardo.

TOPVIEW: O futuro da RIC é um regional digital?
Leonardo Petrelli: A RIC vai continuar com o seu foco, pois entende que a afinidade entre informação regional e o relacionamento com seu público é fundamental. Até agora, a RIC atuou nos modelos antigos de mídia, como televisão, rádio, revista, jornal. Com o mundo digital (focado principalmente nas plataformas RICMAIS e TOPVIEW), passaríamos a expandir a experiência do nosso público: nossos consumidores vão poder se relacionar com a RIC a todo instante. Mais do que isso, podemos fazer com que nós, que somos especialistas em Paraná e Santa Catarina, passemos a ser uma referência nacional e internacional daquilo que nós mais conhecemos. No caso da TOPVIEW, quando compramos a marca, em 2013, entendemos que estávamos comprando um relacionamento com um consumidor fiel, que estava acostumado a receber a revista em casa, uma experiência de qualidade. O nosso objetivo é que isso continue no mundo digital e haja uma expansão da entrega, via site, redes sociais, eventos, experiências sensoriais. Isso seria uma primeira etapa. Depois, em um segundo momento, conhecendo os mercados do Sul, poderemos expandir essa experiência para os nosso usuários de Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O futuro da TOPVIEW é ser o clube de estilo de vida do sul do país.

TV: Hoje os meios de comunicação disputam espaço com outras plataformas, como YouTube e Netflix. Elas podem ser consideradas concorrentes da RIC?
LP: Essas são plataformas de entretenimento, de conteúdo sob demanda. O que acontece no mercado local, elas não têm como disponibilizar. O grande diferencial é que temos um relacionamento com o mercado local e com os nossos consumidores finais.

TV: O Grupo RIC começou como uma rádio e é hoje dono da JovemPan. Por que essa plataforma ainda é tão perene?
LP: O meio rádio sempre foi muito diminuído, menosprezado. Ele sempre seria substituído por tudo que vinha, como a televisão e a internet. E, no fim, é um veículo cada vez mais vivo porque ele tem o que o digital está trazendo para o consumo, que é a instantaneidade e a mobilidade. Para nós, é uma paixão.

TV: Resumidamente, quais são os desafios para os próximos 30 anos de RIC?
LP: É permanecer relevante regionalmente. Vamos continuar levando sempre a melhor informação, independentemente do formato.

TV: Leonardo, o seu discurso é muito inspirador. E o que inspira você a liderar o Grupo para o futuro?
LP: É realmente achar que eu faço a diferença, que de alguma maneira eu contribuo com uma transformação social. É muito bom fazer parte da mudança na vida das pessoas e deixar um legado de desenvolvimento pessoal e até econômico. E eu me empolgo de ter pessoas felizes na empresa, em receber mensagens de estímulo, de otimismo. E tenho um entusiasmo enorme pela marca TOPVIEW.

*Matéria publicada originalmente, com foto de Daniel Katz, na edição 200 da revista TOPVIEW.

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