Como funciona uma assessoria de investimentos?
Para muitas pessoas, investimento não é algo que faça parte de sua rotina. Contudo, para outras, acontece o contrário: investir faz parte da rotina, trazendo principalmente retorno financeiro e aprendizado. Contudo, o mundo dos investimentos, à primeira vista, pode ser bastante complexo. Por isso, hoje, assessorias de investimentos auxiliam aqueles que pretendem se aprofundar na área: um serviço financeiro personalizado que tem à sua disposição uma gama de produtos de investimentos em que o investidor, através de uma única conta, pode ter acesso.
Imerso nessa realidade, Marco de Paula, sócio da Valore Investimentos, também é um assessor de investimentos – ou agente autônomo de investimentos, profissão essencial para o funcionamento do setor. De acordo com ele, esse é o profissional qualificado e credenciado a uma instituição financeira que tem como objetivo auxiliar seus clientes na melhor tomada de decisão sobre seus investimentos.
Em geral, o investidor abre uma conta em uma instituição financeira que conta com o serviço de assessoria de investimentos e a partir disso é assessorado por um profissional dedicado. “Há vários escritórios que fazem esse trabalho e o grande diferencial deles é o acompanhamento e monitoramento da carteira dos seus clientes”, explica, acrescentando que não há restrições para o processo. De acordo com ele, o investidor precisa ter apenas os recursos disponíveis para a estruturação da carteira de investimentos e o desejo de sair dos tradicionais produtos para entrar no mundo das plataformas abertas.
Consolidação em solos americanos
Até a década de 80, os investidores americanos também dependiam dos bancos para fazer seus investimentos. Marco de Paula revela que este foi o momento em que a corretora de valores Charles Schawb instituiu um conceito de plataforma aberta de investimentos.
“A ideia da Charles Schwab foi proporcionar ao investidor a possibilidade de encontrar diversos tipos de aplicações financeiras, de marcas diferentes, com uma única conta e ainda ter a ajuda de um especialista independente no tema, o Financial Advisor (FA). Atualmente, cerca de 90% dos americanos investem através de assessorias de investimentos”, elucida o profissional.
Assessoria de investimentos no Brasil
No Brasil, o serviço existe desde o início dos anos 2000. Porém, no início, o assessor era focado apenas em distribuir investimentos em renda variável, principalmente ações. “Foi depois da crise de 2008, em um evento da própria Charles Schawb, nos Estados Unidos, que o fundador da XP, Guilherme Benchimol, se encantou pelo conceito de assessoria de investimentos como é hoje e o trouxe para o Brasil”, complementa. Foi a partir desse momento que as assessorias de investimentos passaram a distribuir todos os produtos de investimentos, de renda fixa a renda variável e não apenas ações.
Hoje, cerca de 90% dos recursos dos brasileiros ainda estão concentrados na mão dos grandes bancos. Segundo Marco, este número era ainda maior há apenas dois anos. Ele explica que o crescimento acelerado deste tipo de serviço é justificado por alguns fatores:
- Maior conhecimento da população sobre os produtos de investimentos disponíveis;
- Queda expressiva da taxa de juros, que obriga o investidor a sofisticar mais a carteira para poder ter um retorno atrativo;
- Desejo dos investidores em ter um profissional qualificado e dedicado aos seus investimentos;
Apesar de a maioria das pessoas pensar que ser atendido por uma assessoria de investimentos custa caro, a verdade é que o profissional não cobra nenhuma taxa dos investidores. O sócio da Valore Investimentos reitera que o assessor não cobra e nem poderia cobrar, uma vez que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proíbe essa prática. “O assessor de investimentos é remunerado diretamente pela instituição financeira com uma parte das taxas de administração e/ou corretagem que o investidor já paga nos produtos financeiros”, reforça Marco, lembrando que o papel do profissional é entender o objetivo do cliente e saber também qual é o seu o perfil e o risco que ele aceita ter para a sua carteira de investimentos.
Segurança necessária
Para Marco de Paula, é natural que o investidor tenha receios de onde irá investir o seu dinheiro com o histórico brasileiro de inflação alta. Porém, de acordo com ele, o que se vê hoje é uma disrupção que algumas empresas vêm fazendo no mercado financeiro. “A Nubank revolucionou a maneira como as pessoas fazem transações eletrônicas e a XP está revolucionando os investimentos no Brasil. Esse avanço deixa muito claro a solidez de instituições ‘novas’ e traz muita segurança ao investidor, pois elas são fiscalizadas pela CVM, mesmo órgão que fiscaliza os bancos”, explica.
A pandemia, contudo, afetou todos os serviços mundo afora – e com a assessoria de investimentos não está sendo diferente. Acostumado a visitar os clientes, fazer reuniões presenciais, o assessor começou a fazer trabalho de casa. Porém, Marco afirma que o período trouxe muitos ensinamentos que serão adaptados à rotina pós-pandemia.
“Enquanto o cliente dos bancos ficaram, em certo momento, sem muita informação da sua conta pela restrição que o gerente tem em acessar o sistema fora da instituição, o assessor de investimentos pode, inclusive, estreitar o relacionamento com os seus clientes, dado que ele pode acessar suas contas onde quer que ele esteja”, elucida o sócio da Valore Investimentos, afirmando que essa situação trouxe uma vantagem competitiva muito grande.
Confiança e resultado
Marco acredita que, atualmente, há uma crescente necessidade das pessoas contarem com um serviço de especialista. Para ele, o trabalho generalista já não chama mais a atenção das pessoas, que estão muito mais exigentes com os produtos e serviços oferecidos. “O Brasil está passando por uma transformação na maneira como as pessoas investem e o assessor de investimentos tem um papel fundamental nesse processo. Com mais conhecimento, o investidor consegue tomar as melhores decisões que, lá na frente, farão toda a diferença para a sua vida”, conclui.
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