A sólida formação clínica de Bettina Sanson
Quem a vê como a profissional dermatologista de postura irrepreensível em sua clínica, que ocupa um andar do Centro Médico Plínio de Mattos Pessoa e hoje já conta com um time de 13 colaboradores, não imagina que a médica Bettina Sanson tem como um dos programas favoritos passear pelo centro da cidade com a filha Nicolo (@nick_binet, cujos desenhos ilustram essa matéria), com direito à café no Museu do Paço e na Confeitaria das Famílias.
Bettina Sanson se apaixonou pela dermatologia ainda na graduação, na UFPR. “Cursei a disciplina e me encantei. Naquela época, a dermatologia era mais pura, aplicada à doença”, explica. Na época, Bettina fez plantões em outras áreas da medicina, como ginecologia e clínica geral, para ter uma formação mais ampla. Porém, direcionou sua carreira à dermatologia. Tanto que, pouco depois, decidiu dedicar-se à hansenologia também, formando-se em São Paulo para isso. “Não existia a parte estética e a lepra, que é endêmica no Paraná, era muito forte naquela época”, lembra a médica.
Foi no Hospital de Clínicas do Paraná, no qual a médica fez sua residência, onde ela passou a atuar como dermatologista. Ficou por lá alguns anos e decidiu fazer um mestrado em medicina interna. “Fiz uma tese sobre transplante de medula óssea, estudando a pele dos transplantados”, afirma. Anos depois, acabou saindo do HC e passou a se dedicar somente ao consultório, que abriu logo depois que se formou e que tocava em paralelo ao trabalho no hospital.
Na clínica – que sempre teve, em paralelo a outras atividades –, a demanda por estética a surpreendeu inicialmente. “E essa parte da dermatologia, quando você tem uma formação clínica intensa, é muito menos arriscada para o paciente”, afirma Bettina. Para atender melhor seus pacientes, a médica então decidiu ir para São Paulo e conhecer melhor os serviços oferecidos por lá. “Queria montar uma coisa séria. Ampliei, passei a ter mais pessoas na equipe e foquei bastante na área de laser, fui meio que pioneira nessa área. Da toxina butolínica fui pioneira sem dúvida nenhuma, porque tem 25 anos de uso e tenho 24 de clínica”, completa.
Mesmo com o foco em beleza, doutora Bettina não deixa de atender doenças em sua clínica. Para se manter atualizada, vai muito a congressos internacionais. “A tecnologia demora dois anos para chegar ao Brasil. Mas já temos que conhecer e nos preparar, até porque isso demanda muito investimento”. Na Clínica Bettina Sanson, os equipamentos são próprios, justamente porque um resultados, combinando técnicas.
Para descansar, ela cuida do jardim de casa e se dedica ao patchwork.”Mas trabalho fazendo o que eu gosto”, finaliza.