O poder da make nas manifestações culturais e históricas do mundo
Se você chegou nos tutoriais de maquiagem agora e acha que o delineado gatinho é uma inovação, saiba que a Cleópatra e seu squad é que lançaram essa tendência. Isso mesmo: alguns estudos apontam que a make começou a ser usada em algumas sociedades egípcias para destacar a região dos olhos, proteger a pele de insetos e, até mesmo, invocar algo mítico.
“(…) a maquiagem como uma ferramenta que tem o poder despertar a beleza única que cada um carrega dentro de si.”
Demonizada na Idade Média ou símbolo de resistência contra o nazismo, a maquiagem representa importantes manifestações culturais e históricas da nossa sociedade. Acho incrível, sobretudo, poder acompanhar tendências que vão e vêm, adaptando-se aos contextos históricos. Quer um exemplo? Nos anos 1920, as mulheres usavam um rosto marcado, com produções que assemelhavam-se às de uma boneca. Não se parece muito com o que vemos em muitos tutoriais modernos de beleza de mulheres asiáticas?
Aliás, a falta de fronteiras – nas tendências e na geografia –, também é algo muito apaixonante para mim. No século em que vivemos, vejo cada vez mais espaço para a inovação e para as escolhas. Há quem se sinta bonita com os contornos Kardashian – que ousam disputar espaço com as cirurgias plásticas. Mas há, ainda, quem se sinta linda com o natural, os detalhes e com o básico. Em resumo, essa evolução histórica reforça o conceito em que acredito: a maquiagem como uma ferramenta que tem o poder despertar a beleza única que cada um carrega dentro de si.
*Coluna originalmente publicada na edição #246 da revista TOPVIEW.