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Valorização dos produtos de luxo gera escassez de mercado e beneficia second hand

E-commerce de itens de luxo tem aumento na busca por artigos das grifes Hermès e Chanel, com com valorização de 34% e 17%, respectivamente

Com a valorização dos artigos de luxo, grifes como Hermès e Chanel estão disputando os maiores valores de mercado, com as suas clássicas bolsas. A Chanel aposta na Classic Flap, que ultrapassou os R$ 59 mil em 2024, número recorde, e a Hermès aposta na conhecida Birkin, cujo investimento pode ultrapassar os US$ 14.000 (R$ 71.260), a depender do tipo de couro. 

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Nessa disputa entre as duas marcas, empresas especializadas em second hand são beneficiadas com o aumento da procura pelos os itens com melhores condições e variedades, que facilitem a aquisição. Entre os cases estão a Front Row, fashiontech criadora de um e-commerce de luxo, com curadoria de itens novos e semi novos. Segundo a fashiontech, em 2023, alguns itens Hermès foram comercializados no site da marca com valorização de aproximadamente 34% sobre o valor da bolsa em loja, já os da Chanel chegaram a 17%.

As bolsas Hermès são um dos itens mais buscados no site e atraem até mesmo colecionadores dispostos a investir. Mesmo com a polêmica envolvendo a Hermès, que está sendo processada por práticas de vendas ilegais após a denúncia de alguns clientes (segundo os quais a marca obriga o consumidor a comprar outros produtos como acessórios e roupas para que possam ter a oportunidade de adquirir uma bolsa Birkin, modelo clássico da marca, que custa entre de U$ 10.400 a U$ 2 milhões), os itens da grife francesa não perderam valor de mercado. Pelo contrário, seguem apenas se valorizando. 

De acordo com a empreendedora Lilian Marques, CEO e fundadora Front Row, após a divulgação da denúncia, as buscas das bolsas Birkin subiram 5% na plataforma, além do  desempenho dos itens no site da empresa que performaram de 38% a 66% em vendas apenas no último ano. 

“A Birkin é um item de desejo. Por ter uma fila de espera de até 5 anos, elas podem ser revendidas mais caras do que na própria loja da Hermès, devido a sua exclusividade. A disputa entre a grife e os clientes só aumenta a busca por seus produtos no mercado secundário. Isso porque, por serem peças de colecionadores, os modelos mais tradicionais da Hermès seguem ano após ano se valorizando acima do índice de Nasdaq e do Ibovespa. Quem tem alguma dessas, de fato, tem um ativo financeiro em mãos”, ressalta a empreendedora. Fundada em 2017, a empresa tem entre os itens desejos mais exclusivos do mercado de luxo das grifes – Hermès, Cartier, Chanel, Tiffany, Rolex e Bvlgari.

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