Here comes the sun

Verão, sol, calor e muito estilo também nas brands

08/02/2022

“Little darling, the smiles returning to the faces.” A lendária banda Beatles, ao escrever a romântica Here Comes The Sun, também conseguiu descrever exatamente a sensação das pessoas ao verem o verão, o calor e, claro, o sol raiar – além de elogiar uma linda mulher. Os sorrisos estão voltando para os rostos!

Com a estação, também se destacam os passeios, as viagens, tendências e os estilos típicos do momento. Algumas marcas são especialistas em trazer a melhor experiência para seu público durante o ano todo, mas, principalmente, no verão.

Esse é o caso da Skelt, marca de autobronzeadores que nasceu em 2017 em Curitiba. Os produtos foram criados em uma cidade em que há poucos dias ensolarados e, portanto, uma população que almeja um bronze inalcançável – se depender do sol.

Por isso, os produtos são muito consumidos pelos curitibanos. “Curitiba sempre está entre as cinco cidades com mais vendas. As curitibanas adoram Skelt. Como faz pouco sol por aqui, as curitibanas buscam nossos autobronzeadores para manter o bronze de verão durante o ano todo”, afirma o CEO da Skelt, Gabriel Beleze.

Com cerca de 16 produtos, entre autobronzeadores, maquiagens corporais, skincare, bodycare, entre outros, a Skelt surgiu da busca pelo autobronzeador perfeito.

“Eu sempre fui muito fã desse tipo de pro- duto e, como consumidor, experimentei diversas marcas nacionais e internacionais, mas confesso que, antes, não encontrava atributos que atendessem às minhas expectativas: o resultado, a cor ou o cheiro não me agradavam”, contou Beleze.

Com o auxílio de profissionais especializados, o CEO conta que a formulação ideal ficou pronta em alguns anos e que, constantemente, segue testando e experimentando novas fórmulas. “Os ingredientes são muito importantes para a Skelt. Não abrimos mão de selecionar os melhores até hoje – e buscamos oferecê-los pelo melhor preço possível”, finaliza.

Outra marca com foco no calor e o sol é a também curitibana Aguacate, de beachwear. Com venda focada em Curitiba, apesar de também comercializar para todo o Brasil por meio do e-commerce, a marca explica que o mercado focado em calor e sol é muito bom. “Nós já analisamos e sabemos que a gama desse mercado é muito grande no Brasil. No entanto, temos uma escassez de mão de obra. A realidade é que temos menos pessoas fazendo trabalhos manuais – acho que essa é a dificuldade”, analisa Jessica A. Liu, CEO e fundadora da Aguacate.

Feito com as mãos

O que combina mais com o calor e o sol do que o artesanato? “No verão, o artesanato ganha mais força, as pessoas ficam mais felizes e gostam de fazer looks diferentes. No calor, a moda fica mais fortalecida”. Esse é o relato de Silvana Portier, artesã e dona da marca de bolsas que leva seu nome.

Aos 50 anos, Silvana resolveu embarcar em uma nova empreitada. Seu produto – bolsas artesanais –, apesar de ser algo totalmente novo como seu ganha-pão, resgata as suas raízes.

“Desde criança, eu tenho contato com o artesanato. Eu nasci como artesã. Minha mãe tinha um ateliê de costura e, na minha adolescência, ela começou a vender artesanato na Feira do Largo da Ordem [em Curitiba], na qual mostrou sua arte durante 25 anos”, relembra Portier.

Lançada em maio de 2021, a Silvana Portier Bolsas emprega uma técnica imponente em cada uma das exclusivas bolsas. “Eu não sei desenhar e vou criando conforme está na minha cabeça. Para mim, a qualidade é fundamental. Então, desde o fio até os acessórios são pesquisados antes para que tenham uma durabilidade bem longa. A minha bolsa tem que durar por gerações”, revela a artesã.

No entanto, em sua visão, o artesanato e a indústria da moda poderiam se dar muito melhor. “Eu acho que o artesanato é muito importante, ele movimenta muito dinheiro e mantém muitas famílias.” Porém, Silvana alega que a moda poderia dar mais importância ao artesanato e se apoderar menos de um discurso de que colabora com artesãos quando, na verdade, paga um valor muito abaixo do mercado.

“Eu luto por um artesanato justo. Por isso, nas minhas etiquetas, há as horas que levei para fazer aquela bolsa e a quantidade de fios. Esse trabalho precisa ocupar o seu devido lugar”, conclui a artesã de Curitiba.