Moda e personalidade

Quando visto a história da moda com o objetivo de me inspirar, não levo o julgamento na bagagem. Vou de mala vazia e busco o essencial da personalidade de cada participante histórico e sua estética para me integrar, sem que eu perca a minha própria essência.

A essência, que é substância da alma, carrega nossa primeira natureza e antecede a personalidade, que é manifestada no decorrer da infância e ajustada no percurso da vida. Para Pitágoras, a alma é imutável, mas a personalidade pode ser lapidada.

A personalidade e o comportamento andam juntos e, nesse laço, a moda se expressa. Encontramos na moda objetos, roupas e acessórios para dar voz e expressão à nossa personalidade. E nossas referências podem vir tanto do passado quanto do presente.

No passado: na história da moda, quando é dado um Caps lock em pessoas reais com personalidade ímpar, penso em Nefertiti, do Antigo Egito, “a
mais bela que chegou”, e sua inspiração para construirmos uma personalidade que permite pausas, rituais e cuidados com nossa beleza e nosso bem-estar.

No presente: nas tendências de produto que, a partir de conceituadas marcas e criadores, chegaram como referência para vitrines de outras marcas de moda. Dê uma olhada e pense no desfile da Comme Des Garçons Verão 22, que trouxe efeitos amplos, bufantes, maxiestampas, muito grafismo em preto e branco e um verdadeiro grito de “perceba-me, olhe-me e me veja!”

Também no presente, pessoas viram referência, tornam-se personalidades e constroem a história da moda, como a criativa, engajada e responsável
criadora Stella McCartney – que atua na indústria da moda priorizando práticas sustentáveis.

Faça do final deste texto o seu começo, pense em personalidades que fizeram ou fazem parte da história. Que comportamentos, atitudes e mind styles se conectam com a sua energia? E quais pertences, objetos pessoais, roupas e lifestyle dessas personalidades ajudam no processo de lapidação da sua personalidade?