Slow content: seu microuniverso fará a moda
foi preciso uma quarentena estendida por todo 2020 para nos colocar em cheque mate com os velhos hábitos e questionar atitudes que pedem por mais leveza, autenticidade e engajamento sincero. vivemos dentro de um tabuleiro de xadrez, e cada peça representa um aspecto da sociedade a ser curado. entre peças brancas e pretas, circula a luz e a sombra das situações; sociais, pessoais e comerciais, que são expostas com rapidez, na velocidade de um wi-fi.
no ambiente online, temos a oportunidade de partilhar e vivenciar percepções, vulnerabilidades, estilos de vida inspiradores e o retorno à autoestima, em um enfrentamento conjunto dos ciclos comportamentais que a pandemia revelou. podemos nos tornar a parte inspiradora do processo de mudança do outro, na medida sincera que começamos a nos expor na rede social, levando para esse campo, em um clique, o abraço e o aperto de mão, que deixou de acontecer no offline.
“o comportamento, ingrediente para criar moda, passa por mudanças – influenciadores e seguidores também.”
este não é um texto sobre seres inalcançáveis com altas métricas, é sobre eu e você, e nossas saídas, a lá o “gambito da rainha”, nesta partida de xadrez que se tornou a pandemia. assim como na série da netflix [já viu?], o microuniverso pessoal de cada um é o que terá maior potencial de influência sobre as pessoas, dada a superação de quem é pequeno para se tornar referência.
o comportamento, ingrediente para criar moda, passa por mudanças, influenciadores e seguidores, também. precisamos de pessoas com um cotidiano mais próximo do nosso. estamos mais desconectados de grandes desfiles, grandes montagens de looks elaborados, e precisamos de empatia quanto ao nosso inconstante estado de espírito. grandes centros e marcas de moda, se tornaram distantes, e os micro influenciadores trazem a autenticidade de uma vida real possível, uma vez que estão conectados a marcas locais e autênticas da sua região e a tudo aquilo que podemos alcançar. ganham aderência de um público bem segmentado que antes de público é formado por humanos. tudo que é menor, concentra mais potência, essência e energia, e gera mais resultado.
há um movimento que respeita o tempo, o slow content [conhece?] como uma forma do micro influenciador estar na rede, já que sendo “gente como a gente’, possui também sua rotina, não precisando postar e aparecer a toda hora.
eu e você podemos fazer a disseminação da moda, construindo redes sociais saudáveis e possíveis de serem feitas, sem cronogramas tão opressivos. a descentralização do macro para o micro nos possibilita ser influenciadores a todo momento, seja pelo nosso comportamento ou pelo uso consciente de roupas e produtos. além desta horizontalidade que a Nova Era de Aquário nos traz, a sensação de “junte-se aos seus pares’ se amplia, porque somos atraídos pelos mesmos gostos daqueles que nos influenciam, e ainda recebemos um bom dia.
eu penso que a gente deve é microinfluenciar tudo a nossa volta. Aquilo que já somos integra ao outro pela simplicidade. qual seu insta? o meu é @flanar, me dá um oi lá que te respondo. já experimentou mandar um direct para um mega influencer?
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*Coluna originalmente publicada na edição #245 da revista TOPVIEW.