FASHION

A vez do slow fashion

por Camila Gino

 

As palavras do portal de tendências em moda WGSN a respeito do conceito de moda sustentável, que vem se difundindo no mundo nos últimos anos, não poderiam ser mais assertivas a respeito do que vem por aí: “Primeiro, slow food. Agora, slow fashion”.

O movimento, que preza uma produção em menor escala e que prioriza a procedência dos fornecedores, além da produção com mão de obra local e mais artesanal, ganha cada vez espaço – inclusive entre as maiores grifes e estilistas –, e atende a uma inclinação cada vez mais recorrente de um maior interesse por produtos locais e, também, genuínos, que tenham história.

Expoente desta tendência em Curitiba é a loja Rêve, inaugurada pela empresária Evelise Trombini há três anos e que lança nesta terça-feira (16) seu e-commerce (www.reveofficial.com) com a coleção alto verão.

Com estilo “básico com bossa”, o portfólio da loja foi concebido a partir do conceito slow fashion, com peças de tiragens exclusivas, produção local e filosofia voltada à valorização e ao engajamento da equipe de costureiras e demais funcionários. O resultado são peças versáteis, confortáveis e muito femininas, com primoroso acabamento, que aparece na costura delicada, no corte e no caimento. “Nosso objetivo é fazer a mulher se sentir linda. Para a Rêve, a beleza vem da liberdade de escolha de cada mulher”, enfatiza Evelise.

 

Infantil
Outra marca curitibana que vem difundindo local e nacionalmente o conceito de slow fashion é a Feito a Mãe, empresa criada há dois anos pelas irmãs Ana Carolina Filoto Silva e Juliana Filoto Brigo e pela mãe Shirlei de Souza Filoto. “Nós três estávamos pensando em abrir um negócio em sociedade. Em paralelo, minha mãe, que sempre gostou de costurar, começou a fazer roupas para os netos, sem pensar em fazer disso um negócio. Mas eles saíam com as roupas e todos gostavam, perguntavam de onde era, daí surgiu a ideia da Feito a Mãe, com peças produzidas com mão de obra local, além de tecidos e materiais, prioritariamente, nacionais”, explica Ana Carolina.

Ela acrescenta que o enfoque é o consumo consciente, com roupas feitas para durar, tecidos confortáveis e com opções de sobreposição de peças, que podem ser usadas no verão e no inverno. “Há dois anos, quando criamos a marca, fizemos uma coleção em pré-lançamento, para venda direta. E vendemos tudo mesmo. Então, decidimos estruturar a marca, fomos buscar o Sebrae, e agora lançamos nossa primeira coleção, Verão 2015”, conta a empresária.

A marca atua com fornecimento para lojas multimarcas que abraçam o conceito, e já está nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Com venda direta, alcança todo o Brasil com seu e-commerce (www.feitoamae.com), e na Grande Curitiba, as sócias também atendem pelo modelo que chamam de “malinha”, em que levam a mala de roupas na casa das clientes. “Assim fica mais prático para escolherem e tem a ver com a postura slow fashion da marca”, observa Ana Carolina.

 

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