ESTILO

Paola Gulin revela – e emociona com sua grande inspiração

Família, a maior referência de Paola Gulin

Você chega para fazer uma reunião e é recepcionado com um sorriso de orelha a orelha. Antes de começar, você aceita um chá? A infusão veio das montanhas do Nepal, as xícaras vieram do Grand Bazar de Istambul e a bandeja ela acabou de trazer de Bagan, no Myanmar. Ela pede para você sentar na cadeira, que tem vista para a natureza que rodeia esta casa mágica (perdoem-me os céticos), com um enorme mapa-múndi ao lado.

Vocês começam então a falar sobre determinados destinos e, para cada um deles, aparecem as histórias. Vivências que só seriam possíveis para quem o mundo nunca foi grande demais. Para quem atravessou o planeta e conheceu Hong Kong quando ainda era colônia britânica; curtiu as praias de Phuket, na Tailândia, quando ainda eram desertas; cruzou o Oceano Pacífico antes da década de 90 para desvendar os mistérios da Ilha de Páscoa e as maravilhas da Polinésia Francesa; para quem, já com 3 filhos, permitiu-se estudar na Suíça por um mês e se descobrir.

A paixão por viajar sempre esteve com ela, mas não poderia ficar só com ela. Não foi à toa que levou toda a família para a Nova Zelândia para fazer um intercâmbio familiar de 6 meses em uma cidade de 30 mil habitantes, quando a internet ainda era discada e limitada!

As aventuras, vivências e viagens continuaram até que, em uma idade em que a maioria das pessoas busca mais sossego, ela resolveu fazer da sua paixão um trabalho: organizar viagens com significado para mais pessoas. Engana-se quem pensa que, para atuar nesse mercado, basta gostar de viajar. Com muita dedicação, estudou, pesquisou, encontrou parceiros, enfrentou barreiras e persistiu muito até encontrar o nicho em que gostaria de atuar e no qual acredita.

Desde então, foram incontáveis viagens para conhecer novos destinos, revisitar antigos, algumas viagens a lazer, porém, a grande maioria a trabalho. Mas, por mais carimbado que esteja seu passaporte, algumas coisas nunca mudam: o encantamento com todos os lugares que visita, a surpresa em viver experiências novas, a admiração por outras culturas, povos e histórias. É contagiante: no decorrer da reunião, você vai se pegar rindo das histórias dela, maravilhando-se com o mundo e todas as suas possibilidades.

Por experiência própria, ela sabe do potencial transformador das viagens e, ao organizar todos os detalhes da sua, ela se entrega de corpo e alma para que você viva verdadeiras experiências de vida em qualquer canto do mundo. E que alma! Assim é Maria Cris Gulin, a qual eu tenho o maior orgulho de chamar de sócia na NomadRoots – Viagem e Conhecimento, mas, mais ainda, de mãe.

*Coluna originalmente publicada na edição 230 da revista TOPVIEW.

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