Online ajuda a ampliar o mercado de literatura no Brasil
Uma coisa é fato: a questão do isolamento social necessário fez com que o mundo se voltasse mais rapidamente para o online, e talvez de uma forma mais definitiva. Segundo AT Sergio, escritor pernambucano que circula pelos universos do terror e da ficção desde sempre, participante de várias antologias e que acaba de lançar seu primeiro romance infanto juvenil e de ser indicado, com Eles, para o Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica, 2020, que teria tudo para ser um ano ruim para a escrita, acabou sendo um ano de rever conceitos.
AT explica: “eu não escrevo para um público específico – é uma escrita de terror e suspense, e também uma linha extra de literatura policial, mas com diferentes linguagens. Nos contos, eu escrevo de uma forma mais pesada, com uma certa violência, até, porque é o que o público de contos pede. Nos romances, a escrita é mais voltada para a diversão, é mais leve, uma forma de entreter mais. O mundo online ajuda nessa pulverização da literatura. Mas é sempre um público jovem”, enfatiza ele.
O autor lembra, e já falou sobre isso em algumas reportagens, que estamos encontrando saídas para tudo – “estamos sendo cada vez mais criativos, e isso é super importante”, lembra ele. Para AT, o mundo digital nunca teve tanta força e é nele que precisamos nos concentrar no momento, seja com lançamentos, que por enquanto estão acontecendo apenas dessa forma, ou mesmo com a revisão de títulos mais antigos, para reforçar nossa cultura nesses tempos sombrios.
Entre os lançamentos mais recentes do autor, estão o romance Eles, que foi lançado nos dois formatos, em papel e online, a coletânea As 13: Histórias Diversas, que traz dois contos inéditos, e que está disponível ainda apenas em versão online, na Amazon. AT Sergio tem novidades para breve e, certamente, vai usar os meios online para dialogar com seu público.
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