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TEM QUE VER! 10 excelentes filmes brasileiros ignorados pelo Oscar nos últimos anos

Em ritmo de maratona Oscar 2019, lembramos algumas obras-primas nacionais que, mesmo tendo sido indicadas pelo Ministério da Cultura, não chegaram às disputadas nomeações

No dia 24 de fevereiro acontece um dos mais importantes prêmios do cinema mundial, organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos: a 91ª edição do Oscar. Uma das grandes categorias da noite é a de Melhor Filme Estrangeiro (entregue anualmente a um longa-metragem produzido fora dos EUA com diálogos diferentes do inglês). Ao que tudo indica, neste Oscar 2019, o grande favorito a levar essa estatueta é Roma, do mexicano Alfonso Cuarón. Pelo sim ou pelo não, a verdade é que faz 10 anos desde que o cinema brasileiro teve sua última nomeação na premiação. Foi em 2008, com Central do Brasil, filme de Walter Salles, que também rendeu à super Fernanda Montenegro a indicação de Melhor Atriz naquele ano. 

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De lá para cá, outras grandes produções cinematográficas foram lançadas, porém, ignoradas pela Academia, não chegando sequer à nomeação. Nesta lista reunimos 10 delas que, se você ainda não viu, deveria assistir. 

10 filmes brasileiros ignorados pelo Oscar nos últimos anos

O Grande Circo Místico –  2019

Apesar da belíssima trilha sonora de Chico Buarque e Edu Lobo, não se trata de um musical. O filme brasileiro ignorado pelo Oscar 2019 passeia pela história secular de cinco gerações de uma família circense. Contada, da inauguração do Grande Circo Místico em 1910, pelo olhar de Celaví (Jesuíta Barbosa), o mestre de cerimônias que nunca envelhece. Com locações em Portugal, conta com atores brasileiros e estrangeiros, como os franceses Vincent Cassel, Catherine Mouchet e o português Nuno Lopes. Tem direção de Carlos Diegues.

Bingo: O Rei das Manhãs – 2018

Essa comédia dramática de forte impacto tem roteiro inspirado na vida de Arlindo Barreto, um dos atores que interpretou o famoso palhaço Bozo na televisão. Marca a estreia de Daniel Rezende na direção e é estrelado por Vladimir Brichta, Leandra Leal, Emanuelle Araújo e Tainá Müller. Brichta vive Augusto Mendes, um ator que sonha em ter uma carreira notória e duradoura na televisão brasileira, mas trabalha fazendo pornochanchadas. Prepare-se para mergulhar fundo nas intensas crises pessoais do protagonista. 

Que Horas Ela Volta? – 2016

Regina Casé estrela esta drama incrível dirigido por Anna Muylaert e vive Val, uma pernambucana que deixa a filha para trás e vai para São Paulo onde cria Fabinho, o filho de uma família de classe alta. Desses conflitos que acontecem entre a empregada doméstica e seus patrões nasce uma forte crítica às desigualdades da sociedade brasileira. O longa estreou nos cinemas de sete países europeus antes de chegar ao Brasil e, em 2015, foi eleito um dos cinco melhores filmes estrangeiros do ano pela organização norte-americana National Board of Review.

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho – 2015

Sensível e delicado, o filme de Daniel Ribeiro é uma continuidade do curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, estrelado pelos atores Ghilherme Lobo, Fábio Audi e Tess Amorim,  e gira em torno de Léo, um estudante cego do ensino médio lutando pela sua independência. Para Bruno Carmelo, do AdoroCinema, “o filme é certamente simples em suas pretensões artísticas, mas consegue fazer um belo tratado de afetos, sejam eles entre dois garotos, entre um amigo e sua amiga ou entre os pais e os filhos.” Em maio de 2015, concorreu na categoria Melhor Lançamento Limitado na 26ª edição dos Glaad Awards, que é considerado um dos prêmios mais importantes do mundo atribuído a comunidade LGBT.

O Som ao Redor – 2014

Uma milícia se instaura em uma rua de classe média na zona Sul do Recife e muda a vida dos moradores locais. E é sob esse enredo que o drama-suspense de Kleber Mendonça Filho gira em torno. Estreou no Festival de Roterdã, na Europa, e retrata de forma brilhante a dualidade entre a tranquilidade trazida pela segurança privada e a extrema tensão. 

O Palhaço – 2013

Dirigido, co-escrito e estrelado por Selton Mello, o filme conta as histórias do palhaço Benjamin, vivido por ele e seu pai, Valdemar (Paulo José), em um circo mambembe durante os anos 1970. As atuações de Mello foram tão bem consideradas pela crítica que rendeu inúmeros prêmios. Entre eles, os de Melhor Filme, Melhor Longa-Metragem de Ficção, Melhor Ator e Melhor Direção no Grande Prêmio Brasileiro de Cinema de 2012.

Última Parada 174 – 2009

Quem cresceu entre os anos 1990 e 2000 certamente lembra da história de Sandro Barbosa do Nascimento, um menino de rua carioca que sobreviveu à chacina da Candelária e, em 2000, ficou nacionalmente conhecido quando sequestrou, armado, um ônibus mantendo várias pessoas reféns. O filme, ainda que ignorado pelo Oscar 2009, é uma ficção baseada na história verídica de Sandro e foi dirigido por Bruno Barreto. .

O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias – 2008

Outro filme brasileiro a se destacar pelo caráter político e socieconômico, embora poético, o longa-metragem dirigido por Cao Hamburger disputou naquela época a preferência do Ministério da Cultura com o hiper sucesso Tropa de Elite, de José Padilha. Mesmo tendo sido um dos nove filmes mais votados pelos membros do Oscar, a história de Mauro – um menino de 12 anos que é separado dos pais, perseguidos pela ditadura militar -, não figurou entre os finalistas. Em 2015, porém, entrou para a lista dos 100 melhores filmes brasileiros da Abraccine.

Olga – 2005

Grande sucesso de bilheterias naquele ano, o filme de Jayme Monjardim emocionou ao retratar a história da alemã, judia e comunista Olga Benário Prestes, apesar de algumas críticas quanto à linguagem “excessivamente televisiva” de Monjardim. A obra foi inspirada na biografia escrita por Fernando Morais. No papel de Olga, Camila Morgado venceu o Prêmio Qualidade Brasil na categoria Melhor Atriz.

Cidade de Deus – 2003

Um clássico para todo brasileiro. Para o jornalista Zuenir Ventura, “assistir a Cidade de Deus é um dever cívico”. Adaptação cinematográfica do livro homônimo de Paulo Lins, foi dirigida por Fernando Meirelles e estrelada por Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino, Jonathan Haagensen, Matheus Nachtergaele, Douglas Silva e Seu Jorge. Embora fictícia, a história chamou atenção na época pelas semelhanças com a realidade principalmente de quem vive em contexto de favela. 

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