Ignácio de Loyola Brandão será homenageado na 63ª edição do Jabuti
O escritor Ignácio de Loyola Brandão será a Personalidade Literária do 63º Prêmio Jabuti, organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Nascido em Araraquara, ao ser comunicado da homenagem o jornalista afirmou: “Esse convite da Câmara Brasileira do Livro justifica minha obra, salva minha história e, em certa medida, minha própria vida”.
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O anúncio foi confirmado na manhã desta quinta-feira(6), por representantes da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que promove o Jabuti, numa coletiva de imprensa virtual, com a presença do novo curador do prêmio, o editor e tradutor Marcos Marcionilo, sócio-fundador da Parábola Editorial.
Aos 84 anos, Brandão tem 47 livros publicados e já ganhou o Prêmio Jabuti cinco vezes. Em 2000, O homem que odiava a segunda-feira venceu na categoria Contos e Crônicas. Em 2008, com o romance O menino que vendia palavras foi premiado nas categorias Infantil e Livro do Ano de Ficção. Já Os olhos cegos dos cavalos e Se for pra chorarque seja de alegria venceram, respectivamente, nas categorias Juvenil e Contos e Crônicas, em 2015 e 2017. O jornalista também trabalhou em veículos de imprensa como o Última Hora até 1966. Depois, editou as revistas Claudia, Realidade, Planeta, Lui, Ciência e vida e Vogue.
O vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Hubert Alquéres afirmou durante a coletiva de imprensa que a diretoria vibrou e votou por unanimidade pelo nome de Ignácio.
“O homenageado representa a qualidade e o alcance da literatura brasileira. Brandão é polivalente e muito sintonizado. Ele tem uma preocupação com a diversidade, o meio ambiente e com questões que nos surpreendem por sua modernidade.”, disse.
Ele relembrou que o escritor é um patrimônio da literatura brasileira. “Nesse momento, ele está na linha de frente nas grandes preocupações que vivemos no Brasil. É um grande orgulho para a CBL.”.
O primeiro livro publicado do autor foi Depois do Sol, de contos, lançado em 1965. Escreveu em quase todos os gêneros, do romance aos infantojuvenis, passando também pelo teatro e cadernos de viagem. Entre seus livros mais conhecidos estão Zero, Não verás país nenhum, Bebel que a cidade comeu, Cadeiras proibidas e O beijo não vem da boca.
Após publicar seu último livro Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra dela – uma distopia em que as pessoas são vigiadas, as escolas foram abolidas e a política se tornou rara –, Ignácio de Loyola Brandão está trabalhando em um novo romance chamado de Por que Deus não diz claramente o que quer?.