Hospital de Olhos Sadalla inaugura sua versão 4.0 em clínica inteligente com tecnologia de ponta

O entrevistado dessa edição foi uma prazerosa surpresa para mim — tanto pelo conteúdo que nos trouxe quanto pela pessoa que é. Apesar da pouca idade, o médico Renan Oliveira mostrou uma maturidade incrível pela bagagem e experiência que já possui na oftalmologia, e pelo olhar diferenciado que tem no ser humano. Tem uma preocupação imensa com as comunidades carentes, em inserir as crianças no contexto da medicina atual, tornando-a mais tangível e palpável. 

Contudo, o que mais impressiona é o olhar clínico para a tecnologia. Ele vê que a tecnologia deve e precisa ser muito bem utilizada pelos médicos, seja nos consultórios para melhoria contínua na qualidade dos diagnósticos, nos hospitais, associando-a para uma maior precisão nos centros cirúrgicos ou mesmo, no acesso aos centros médicos para que a experiência de uma consulta ou cirurgia se tornem muito mais prazerosa e lúdicas.

Renan Oliveira está à frente da Diretoria de Inovação e através da referência no Brasil, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, empresa do Grupo Opty, acaba de abrir as portas de sua unidade hi-tech em Joinville, Santa Catarina. O novo espaço, denominado Sadalla.Smart, é uma clínica oftalmológica inteligente e conectada, onde rotinas e processos são otimizados com o uso intensivo de tecnologia. Isso proporciona aos profissionais de saúde mais agilidade e assertividade, enquanto oferece aos pacientes uma experiência de atendimento diferenciada.

O local escolhido para abrigar a iniciativa da Opty não poderia ser mais propício: Joinville desponta como um segundo polo de inovação em Santa Catarina, ao lado da capital. A maior cidade do estado ocupa o sétimo lugar entre os principais polos de tecnologia do Brasil, com relação ao faturamento médio das empresas do setor, de acordo com a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate). A clínica inteligente fica no Ágora.Health, espaço dedicado à saúde dentro do Perini Business Park, cujo planejamento de ocupação foi configurado para reunir agentes de todas as fases do ecossistema de inovação.

Tecnologia

No ambiente, os pacientes terão à disposição equipamentos e sistemas como refratores digitais de altíssima definição pioneiros no Brasil, softwares integradores e os mais modernos produtos hospitalares, a exemplo de pias que produzem água ozonizada, que elimina bactérias e vírus de superfície, para limpeza da clínica e bebedouros especiais. 

“O movimento de transformação digital na saúde tem como meta colocar o usuário no centro, proporcionando uma experiência engajadora que o inspire a cuidar melhor de sua visão e saúde em geral. E o ponto de partida é conhecer o paciente, redesenhar, construir e otimizar processos clínicos centrados na jornada dele dentro do ecossistema de saúde”, comenta o médico Renan Oliveira, head de Inovação do Grupo Opty.

Tendências

Na Sadalla.Smart, um paciente com diabetes, por exemplo, pode não somente cuidar da saúde ocular, prevenindo ou acompanhando uma possível retinopatia diabética, como também, via telemedicina, realizar consultas com médicos parceiros, como endocrinologistas, nutrólogos e cardiologistas. Dessa forma, pode ser ser assistido de um modo mais abrangente, que leve em consideração todas as suas particularidades. Na clínica, há uma sala especial para teleconsultas.

Por outro lado, um dos obstáculos mais corriqueiros e desafiadores no mercado de saúde é a fragmentação dos dados e dos serviços, com informações dos pacientes espalhadas em diferentes empresas (hospitais, clínicas, laboratórios, consultórios).

“A falta dessa conexão resulta em um sistema de saúde segmentado e ineficiente. Por isso existe a necessidade de desenhar uma jornada melhor para o paciente, de conectar as especialidades e fazer com que os médicos tenham uma visão mais ampla de todo o histórico e das condições em que ele se encontra”, explica Oliveira. 

Já o fluxo na clínica está sendo pensado em todos os seus detalhes. “A tecnologia também pode ajudar a tornar a jornada do paciente mais humanizada. Teremos monitores para mostrar detalhadamente os exames e criar uma experiência de aprendizado. E, ao final, do atendimento, ele será convidado a expressar sua opinião, também sendo o designer desse processo em construção de como melhor atendê-lo”, conta o oftalmologista.

“Ao lado das demais organizações abrigadas no Ágora.Health, que incluem entidades de fomento, incubadoras, startups e empresas multidisciplinares em um verdadeiro ecossistema de inovação a serviço da saúde, o Sadalla Smart tem o objetivo de modelar um sistema de atendimento transformador e integrado, com foco na promoção da saúde, prevenção de doenças, maior eficácia no tratamento e maior qualidade de vida ao paciente”, completa o médico. 

*Coluna originalmente publicada na edição #249 da revista TOPVIEW.