ESTILO GASTRONOMIA

Diga qual queijo amas que eu te direi quem és

Mesmo sendo um alimento milenar, o queijo não perde sua popularidade nas mesas do mundo

Se tem um alimento mais antigo do que conseguimos lembrar, o nome dele é queijo. A história do alimento milenar começou com os gregos. No entanto, quem o popularizou foram os romanos, em suas batalhas durante o Império Romano, já que era leve de carregar, continha muitos valores proteicos e maior durabilidade, se comparado à carne. E quem imaginaria que um alimento tão antigo seria tão popular nos dias de hoje.

Apesar disso, o brasileiro não é um povo que consome muito queijo, se comparado à média mundial. Em primeiro lugar, está a Dinamarca, com um consumo per capita de 28,1 kg de queijo por habitante ao ano. Nos Estados Unidos, maior produtor mundial de leite – matéria-prima do queijo –, o consumo per capita é de 16,7 kg anuais. O Brasil está bem abaixo, com 3,8 kg anuais.

No entanto, um movimento diferente foi notado no país durante a quarentena. O consumo de queijo no Brasil aumentou desde que a pandemia do novo coronavírus chegou. Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Tetra Pak, em parceria com a consultoria global de mercado Lexis Research, 46% dos entrevistados afirmaram ter aumentado o consumo de queijo durante a pandemia.

Inclusive, o Brasil foi o país que mais faturou medalhas no Concurso Mundial de Queijos de 2021, depois da França, o país-sede da competição. No total, foram 940 queijos de 46 países inscritos na competição. Das 331 medalhas concebidas, o Brasil conquistou 11 medalhas de ouro, 24 de prata e 17 de bronze.

A fama do alimento também tem repercutido no comércio. A procura por queijos, dos mais variados tipos, aumentou.

“Creio que o público está resgatando produtos que sempre existiram, que foram um pouco deixados de lado ao passar dos anos”, conta o queijeiro da Mozzarellart, Douglas Neitzke, loja em Curitiba especializada em queijos italianos, principalmente os da região de Apúlia.

Para ele, um dos motivos para que isso ocorra é a globalização. “Com a facilidade de acesso a informações que temos hoje, ficou muito mais fácil produzir produtos como esse. Sem contar que as pessoas estão cada vez mais à procura de produtos mais frescos e naturais”, conclui o queijeiro.

Já Flavia Rogoski, proprietária da BonVivant, loja de queijos dentro do Mercado Municipal, notou uma mudança no comportamento das pessoas nos últimos 20 anos. “Teve uma época em que a dieta saudável era voltada para a diminuição de gordura, e o queijo era considerado um alimento hipercalórico. Porém, essa dieta foi se alterando e, hoje, há outras formas de enxergar a alimentação”, informa. Ela ainda complementa que, com o tempo, a população passou a enxergar o queijo como um alimento com grande aporte de proteína e boa gordura.

Isso indica um movimento que tem se tornado cada vez maior e mais conhecido. “Eu abri minha loja em 2004 e, no começo, as pessoas eram bem resistentes ao cheiro diferente e ao sabor intenso. Mas eu brinco que tenho que agradecer aos cozinheiros da televisão, que usaram o queijo de forma mais frequente, fazendo com que as pessoas tivessem curiosidade e viessem procurar os produtos”, brinca.

Onde comprar queijo em Curitiba?

Bon Vivant

 
 
 
 
 
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Mozzarelart 

 
 
 
 
 
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Chico Queijos Artesanais 

 
 
 
 
 
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Queijaria Padan 

 
 
 
 
 
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+ sobre o mundo dos queijos 

Os Gastronautas 

(Foto: divulgação)

Podcast sobre o bê-a-bá do queijo artesanal mineiro Andrea Torrente, Raphael Zanette e Francisco Gonçalves.

*Matéria editorial originalmente publicada na edição #253 da revista TOPVIEW

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