OLHA O FUTURO AÍ! Conheça a nova geração da gastronomia curitibana
Com uma das cenas gastronômicas mais notáveis do Brasil, Curitiba virou, nos últimos anos, celeiro de grandes chefs, alguns premiados nacionalmente e até internacionalmente – e agora temos ótimos jovens talentos.
Se Celso Freire é considerado o mentor de muitos cozinheiros locais e o chef que primeiro colocou a capital do Paraná no cenário nacional, figuras como Manu Buffara (Manu) e Lênin Palhano (Nomade), entre outras, são tidas como os grandes nomes da gastronomia paranaense da atualidade, inclusive formadores da nova geração de profissionais que está despontando.
Reunimos seis jovens talentos da cozinha que trabalham ou comandam casas conceituadas, ou que já abriram o próprio negócio, para ficar de olho!
Jovens talentos da gastronomia curitibana
Ana Clara Abs (Nomade)
26 anos
Estilo da cozinha: clássico revisitado
Com experiência na Itália, na Inglaterra e em Portugal, onde trabalhou na conceituada confeitaria T Bakes, Ana Clara é apaixonada por chocolate e tenta incluí-lo nas sobremesas sempre que possível. Já passou pelo D.O.M. (SP), de Alex Atala, e seus doces prezam pelo apelo visual para completar a experiência gastronômica. A receita de figo, cumaru, chocolate 53% da Bahia e café (foto) é uma das suas especialidades.
Danilo Nakamura Takigawa (Bobardí)
28 anos
Estilo da cozinha: regional
Vegetais são os ingredientes que Danilo mais gosta de usar. Com passagem pelo Manu, o chef assumiu o comando do Bobardí em agosto de 2018, sendo sua primeira experiência à frente de uma cozinha. Produtos brasileiros são destaque em suas criações, assim como o gnocchi de batata-doce defumada, creme de couve flor, picles de couve flor tostado e tuile de quinoa negra (foto).
Felipe Machoski (Officina Restô Bar)
24 anos
Estilo da cozinha: moderna
Também com passagem pelo Manu, suas inspirações no Officina, onde cozinha ao lado de Vitor Verona, vêm de chefs como Helena Rizzo (Maní) e Jefferson Rueda (A Casa do Porco). O taco nordestino (tapioca suflada, carne seca, queijo coalho e bisnaguinha de manteiga de garrafa, na foto) é sua assinatura.
Giuliano Daroit Secco (Mangôo)
28 anos
Estilo de cozinha: descomplicada
Após quatro anos à frente da conceituada cozinha do C La Vie, o jovem cozinheiro alçou voo em abril, quando inaugurou seu primeiro restaurante, o Mangôo, na Mercadoteca. Formado pela Universidade Positivo e pelo Centro Europeu, Giuliano admira e se inspira em chefs como Lênin Palhano (Nomade) e Leandro Volpini (Som Tam). Ama usar carne suína e frutos do mar em suas criações e seu sonho é ter um restaurante à beira-mar em Florianópolis. Na foto, seu carré de leitão com farofa de pistache e mousseline de abóbora-manteiga, e o atum selado com alga nori servido com guacamole de wasabi.
Igor Marquesini (Restaurante Igor)
27 anos
Estilo da cozinha: autoral
Ingredientes simples e locais, valorizados usando as técnicas culinárias mais sofisticadas do mundo. Assim pode ser resumido o trabalho do cozinheiro, que está à frente do restaurante que leva seu nome. Formado pelo Centro Europeu, estudou e trabalhou em restaurantes da Itália e em Nova York, bem como no Manu. Uma de suas criações é a muçarela defumada com folhas e legumes (foto).
Vitor Verona (Officina Restô Bar)
22 anos
Estilo da cozinha: criativa e de inspiração
Formado em gastronomia pela PUC-PR, tem passagem pela cozinha de Manu Buffara. Seu prato-assinatura no Officina, onde trabalha ao lado de Felipe Machoski, é o bao, um sanduíche taiwanês de pão de vapor, recheado com polvo, bacon, sunomono de pepino e uma maionese de pimenta sriracha (foto). Segundo ele, o fator surpresa em um prato é o que mais deve atrair o cliente. O carioca Felipe Bronze (Oro) é quem o inspira pelas combinações inusitadas; já o paranaense Celso Freire, pela trajetória e carreira.
Matéria publicada originalmente na edição 226 especial Gastronomia.