Especial Foz do Iguaçu: Preservação da vida

Única instituição do mundo focada na conservação das aves da Mata Atlântica, o Parque das Aves é uma das principais atrações de Foz do Iguaçu. Esses animais, nativos da Mata Atlântica, são lindos, exuberantes e únicos — e, por isso, o parque oferece aos seus visitantes a oportunidade de viver uma experiência imersiva de conexão com as aves e com as florestas em que elas habitam.

A instituição trabalha por um mundo melhor, em que as pessoas possam viver em harmonia com a natureza. Com esse objetivo, hoje, mantém 16 hectares de Mata Atlântica, mais de 1.300 aves e cerca de 130 espécies — sendo mais de 50% provenientes de apreensões. Atualmente, a organização também participa de diversos programas de conservação.

O Parque das Aves, regularmente, avalia ameaças às espécies e conduz planejamentos na conservação para promover ações de maneira inteligente justamente para as que precisam de atenção especial. Foram fundados projetos para prevenir a extinção ou contribuir para a recuperação de espécies, de acordo com as prioridades e as estratégias definidas, como o Papagaio-verdadeiro, o Papagaio-chauá e o Aves do Iguaçu.

Não deixe de visitar em Foz 

Templo Budista, Ecomuseu, Feirinha da JK, Museu de Cera Dreamland, Vale dos Dinossauros, Mesquita, Dreams Ice Bar e Trilha do Poço Preto.

Projetos de preservação 

Projeto Papagaio Verdadeiro: Dedicado à proteção da espécie mais capturada na natureza e que abastece o comércio ilegal de animais de estimação, dentro e fora do Brasil.

Projeto Papagaio-Chauá: Iniciado após uma grande lacuna de conhecimento na distribuição e no status populacional do chauá ser identificada, o que dificultava a elaboração de estratégias de conservação.

Aves do Iguaçu: Projeto de conservação de aves financiado pelo parque. Teve início em 2017 e é desenvolvido no Parque Nacional do Iguaçu (PNI), a mais importante Unidade de Conservação de Mata Atlântica de interior.

1976

A veterinária Anna-Sophie Helene se mudou da Alemanha para a Namíbia, na África, onde conheceu Dennis Croukamp. Eles trabalharam juntos, apaixonaram-se e tiveram duas filhas: Anna- Luise e Carmel.

Década de 1980

O casal ganhou um filhote de papagaio-do-congo, Pumuckl, que se tornou um membro da família. Em seguida, outras aves da mesma espécie foram trazidas e logo o quintal da família estava repleto de aves.

Início da década de 1990

A família se mudou para a Ilha de Man, no Reino Unido. Um amigo sugeriu que abrissem um parque de crocodilos em Foz do Iguaçu, no Brasil. Dennis replicou: “Eu gosto de aves. Criaremos um parque se aves.”

1993

Com o livro Português em três meses em mãos, compraram 16 hectares ao lado do Parque Nacional do Iguaçu e começaram a construir o Parque das Aves em novembro.

1994

As primeiras aves chegaram a partir de doações ou empréstimos de outros zoológicos, além de animais confiscados, que foram enviados pelo Ibama. Nessa época, muitas espécies eram de outros continentes. Em outubro, a família Croukamp inaugurou o Parque das Aves.

1996

Dois anos depois de idealizar o Parque das Aves, Dennis faleceu, aos 70 anos. Hoje, existe um memorial dedicado a ele em seu lugar favorito do parque, o Viveiro Aves de Rios e Mangues.

Década de 2000

Anna teve que cuidar do parque por conta própria, mas contou com a ajuda de colaboradores incríveis na construção de um lugar que trabalha para a conservação de diversas espécies.

2017

Depois de ficar sabendo do desaparecimento da pombinha pararu-espelho, Carmel Croukamp, diretora-geral do parque desde 2010, decidiu focar as ações do local na conservação de espécies da Mata Atlântica.

*Caderno especial Foz do Iguaçu publicado na edição #250 da revista TOPVIEW e apresentado por Itaipu Binacional.