ESTILO

Curitibanos aceleram no automobilismo brasileiro

Editado por Newton Gomes Rocha Jr.,  com reportagem de Yasmin Taketani

No galpão da Hitech Racing Brasil, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o calendário cheio de marcações indica o ritmo dessa equipe curitibana: até o final de 2015, pilotos e mecânicos não vão tirar o pé do acelerador. A equipe de automobilismo fundada por Rodrigo Contin, em 2009, e que já acumula o título da F3 Sul-Americana e o tricampeonato do F3 Brazil Open, aposta no futuro: além da Fórmula 3 (principal categoria de base nacional), investe no Mercedes-Benz Challenge (disputa monomarca) e no Campeonato Brasileiro de Turismo (meio de acesso à Stock Car). “Automobilismo não é só Fórmula 1”, enfatiza Contin, lembrando que da F3 despontaram nomes como Rubens Barrichello e Nelson Piquet.

Para alcançar seus objetivos – que incluem ingressar na Stock Car, categoria profissionalizada, e garantir experiência e vitórias para que seus pilotos façam carreira –, não há descanso entre uma corrida e outra. No momento em que retorna à sede, em Pinhais, a equipe revisa os veículos e prepara a logística e os detalhes para a próxima pista: alinhamento, altura do carro, calibre do pneu… “São milímetros que fazem muita diferença”, explica o mecânico Leandro Cardoso Soares, que, além do conhecimento da pista, destaca a importância da sincronia entre piloto e carro. Já no pit stop, agilidade é fundamental numa troca de rodas. Aliás, o galpão da Hitech está cheio delas: com uma vida útil de cerca de 200 km, cada roda custa R$ 1,8 mil. São carros que andam no limite, e seus componentes duram pouco.

Paixão de infância

Rodrigo Contin fala com orgulho das conquistas da equipe, trata seus objetivos com seriedade e assume um ar paternal com os pilotos. Afinal, eles começam cedo. O mais novo da Hitech, Christian Hahn, 16, ganhou seu primeiro kart aos sete anos. “Não consigo me lembrar de um momento na minha vida no qual eu não era apaixonado por carros e por velocidade”, afirma Hahn, que corre na F3. Parece ser o caso de todos que ali trabalham, motivados pela busca interminável da equação perfeita entre carro, piloto, pista e condição climática. Fundamental é não se impor limites, a exemplo de Hahn. “Pretendo correr na Europa já no ano que vem ou em 2017, dependendo do nível de experiência que eu adquirir aqui”, afirma o piloto paulista. “Depois, vou seguindo até encontrar o meu limite – ou passar dele.”

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