5 filmes na Netflix para ver neste Dia do Cinema Brasileiro
Há mais de 30 anos, comemora-se o Dia do Cinema Brasileiro no dia 19 de junho. Estima-se que a data esteja relacionada com o dia em que foram registradas as primeiras imagens cinematográficas em território nacional, captadas pelo italiano Affonso Segretto.
Celeiro de sucessos como Central do Brasil (1998), Cidade de Deus (2002), Que Horas Ela Volta? (2015) e Aquarius (2016) – para citar apenas quatro exemplos que vêm à mente – o Brasil tem exportado boas películas. Ainda assim, em uma busca rápida, você vai ver que existem poucos filmes no Netflix de origem brasileira. Dentre as que encontramos, destacamos cinco que merecem alguns minutos do seu tempo, e estão a um toque de distância.
Branco Sai, Preto Fica (2015, drama, 93 minutos)
Tiros em um baile de black music em Brasília ferem dois homens, que ficam marcados para sempre. Um terceiro vem do futuro para investigar o acontecido e provar que a culpa é da sociedade repressiva. Em 2016, o filme de Adirley Queirós foi indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, na categoria Melhor Roteiro Original. Para a Folha de São Paulo, “tem elementos de documentário, musical pop, ficção científica e ficção pura e simples. Dessa mistura sai um potente documento sobre o encontro entre nosso ‘apartheid’ e a democracia racial à brasileira. Tem alguns problemas de ritmo, irrelevantes, porém, em face daquilo que chega. O que temos a ver ali é um filme de terror verdadeiro”.
Colegas (2013, aventura/comédia, 94 minutos)
Inspirado nos longas norte-americanos Little Miss Sunshine (2006) e Thelma & Louise (1991), Colegas mostra a fuga dos amigos Stallone, Aninha e Márcio, que viviam juntos em um instituto para portadores da síndrome de Down. Dirigido por Marcelo Galvão, levou prêmio de Melhor Ator para Ariel Goldenberg (Stallone) e Melhor Diretor para Marcelo Galvão, no Brazilian Film & Tv Festival of Toronto (Brafftv).
Flores Raras (2013, drama, 118 minutos)
Baseado em fatos reais, traz a história de amor da arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares com a poetisa americana Elizabeth Bishop. Bruno Barreto dirige o longa, que foi ambientado na Petrópolis dos anos de 1950 e 1960. A atuação de Glória Pires (no papel de Lota) rendeu boas avaliações da crítica e é um dos destaques do longa, que foi exibido em mais de 10 festivais internacionais, incluindo os de Berlim e de Tribeca.
O Último Cine Drive-In (2015, drama/comédia, 100 minutos)
Como seria o reencontro entre pai e filho em meio ao fim do último cinema drive-in do Brasil? É essa pergunta que permeia o filme de Iberê Carvalho. Na história, o jovem Marlombrando precisa reencontrar seu pai, Almeida (Othon Bastos), dono do Cine Drive-in de Brasília e ausente há anos. Divididos entre vários problemas, eles precisam resolver questões do passado para realizar um ousado plano de reencontro. A película ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, incluindo quatro categorias no Festival de Gramado – Melhor Ator, Melhor Direção de Arte, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Filme (Júri da Crítica).
VIPs (2011, drama, 96 minutos)
Com produção de Fernando Meirelles e Paulo Morelli, VIPs é inspirado na vida do estelionatário Marcelo Nascimento da Rocha que, por não conseguir conviver com sua própria identidade, se passa por outras pessoas e aplica golpes seguidos na sociedade brasileira. Dirigido por Toniko Melo, o filme tem na atuação de Wagner Moura (no papel de Marcelo) seu ponto alto.