ESTILO

Por dentro da imersão silenciosa de Eduardo Macarios sobre a cultura japonesa

Em 25 dias, o fotógrafo curitibano retratou a modernidade e tecnologia de Tokyo, a tradição de Kyoto e a arte e a arquitetura vibrantes de Naoshima

Santuário Xintoísta Fushimi Inari Taisha, em Kyoto.
Vista do Rio Kamo, em Kyoto.
Região de Dogenzaka, no centro de Shibuya, em Tóquio.
Palco em uma praça pública, em Kyoto.
Detalhe do chão de pedras na instalação Go’o Shrine, do arquiteto Hiroshi Sugimoto, em Naoshima.

Lost in translation

Anos depois do filme de Sofia Coppola, me vi nessa situação de “encontros e desencontros” pela questão da língua (eu não falo japonês e os japoneses não fazem questão de aprender a falar inglês) e pelas barreiras culturais. Acho que o filme é o retrato mais fiel que eu vi sobre a cidade, com a dificuldade que temos enquanto estrangeiros de não entender boa parte dos costumes e pela solidão. É contraditório: em todo lugar tem gente, mas você tem a sensação de estar sozinho na cidade mais populosa do planeta.

Yellow Pumpkin, da artista japonesa Yayoi Kusama, em Naoshima.
Detalhe de uma escada na Benesse House, projeto do arquiteto Tadao Ando.

Leia também: TOPVIEW JOURNAL: O que está por trás do olhar de Eduardo Macarios

 

A desconhecida Naoshima

A ilha, a três horas de Kyoto e ainda desconhecida do grande público e do próprio japonês, é célebre no meio arquitetônico: trata-se de um grande projeto a céu aberto, com museus criados por dois dos principais arquitetos japoneses da atualidade. Os museus, aliás, são obras de arte por si só. Outro destaque da ilha são as instalações de Yayoi Kusama. 

Red Pumpkin, da artista japonesa Yayoi Kusama, em Naoshima.
Instalação do artista coreano Lee Ufan, em Naoshima.

Cenários de paz

Kyoto representa o contraponto ao ritmo frenético de Tokyo e mostra outra perspectiva da cultura japonesa, oferecendo uma chave para entender o perfil do japonês. A cidade possui uma grande estrutura, com mais de 1,5 mil templos budistas e xintoístas, com muitos jardins, em um cenário sem excessos que convida à contemplação e à introspecção.

Vista do monte Fuji da cidade de Hakone, a 1h30 de Tóquio.
Jardins do Museu de Arte Ocidental, em Tóquio.
Jardins do Museu Nezu, recém-renovado pelo arquiteto Kengo Kuma.

Ícones da arquitetura

O Japão tem o maior número de arquitetos vencedores do Pritzker, prêmio máximo da arquitetura mundial, e é referência para tudo o que é feito fora. É uma arquitetura que o transforma e vivenciá-la dá a possibilidade de ver e sentir uma série de coisas.

Loja de conveniências em Hakone.
Loja da Prada, em Aoyama, projeto assinado pelo escritório Herzog & de Meuron.

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