Por dentro da imersão silenciosa de Eduardo Macarios sobre a cultura japonesa
Lost in translation
Anos depois do filme de Sofia Coppola, me vi nessa situação de “encontros e desencontros” pela questão da língua (eu não falo japonês e os japoneses não fazem questão de aprender a falar inglês) e pelas barreiras culturais. Acho que o filme é o retrato mais fiel que eu vi sobre a cidade, com a dificuldade que temos enquanto estrangeiros de não entender boa parte dos costumes e pela solidão. É contraditório: em todo lugar tem gente, mas você tem a sensação de estar sozinho na cidade mais populosa do planeta.
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A desconhecida Naoshima
A ilha, a três horas de Kyoto e ainda desconhecida do grande público e do próprio japonês, é célebre no meio arquitetônico: trata-se de um grande projeto a céu aberto, com museus criados por dois dos principais arquitetos japoneses da atualidade. Os museus, aliás, são obras de arte por si só. Outro destaque da ilha são as instalações de Yayoi Kusama.
Cenários de paz
Kyoto representa o contraponto ao ritmo frenético de Tokyo e mostra outra perspectiva da cultura japonesa, oferecendo uma chave para entender o perfil do japonês. A cidade possui uma grande estrutura, com mais de 1,5 mil templos budistas e xintoístas, com muitos jardins, em um cenário sem excessos que convida à contemplação e à introspecção.
Ícones da arquitetura
O Japão tem o maior número de arquitetos vencedores do Pritzker, prêmio máximo da arquitetura mundial, e é referência para tudo o que é feito fora. É uma arquitetura que o transforma e vivenciá-la dá a possibilidade de ver e sentir uma série de coisas.