Curitiba 328 anos: Rios Curitibanos
Minha escolha foi um pouco diferente. Não escolhi um ponto turístico em específico, mas a junção de vários: os rios de Curitiba, que formam um complexo natural muito precioso. Lembro-me de quando a Prefeitura de Curitiba apresentou a nova sinalização dos rios da cidade, no dia 22 de novembro de 2019, em homenagem ao Dia do Rio, comemorado dois dias depois. Logo em seguida, encontrei placas pelas ruas da cidade apresentando os leitos dos rios como pontos turísticos. E eles realmente são.
Por vezes, nós não os enxergamos como patrimônio cultural, mas, na verdade, são nosso patrimônio natural. Eles contam histórias, escrevem junto com a população a história de Curitiba. Eu adoro descobrir, conhecer rios que se escondem e percorrem bairros, ruas e parques. Nestes dias, conheci um ao lado da minha casa que eu nunca havia percebido. Temos o rio Barigui, rio Passaúna, rio Iguaçu e o rio Belém – que, inclusive, nasce e tem a foz dentro do nosso município.
É comum que as divisões territoriais sejam feitas por rios, que delimitam as divisas e as fronteiras. Não por acaso, Curitiba, nossa cidade, nasceu entre dois rios – o Ivo e o Belém. Hoje, a cidade é delimitada pelo Barigui e pelo Passaúna a oeste e pelo Atuba e pelo Iguaçu a leste. São joias que, infelizmente, são atingidas pela poluição. A importância de preservar os rios e as fontes de água está cada vez mais latente.
Passamos por uma crise hídrica terrível nos últimos meses e, ainda que a situação tenha nos surpreendido, não foi a primeira. Existem registros de secas severas em Curitiba desde o século XIX. Então, vamos proteger e cuidar de nossas nascentes e nossos leitos de água. São alguns dos nossos maiores bens, além de essenciais para a qualidade de vida curitibana.
Carol Vosgerau Gusi
@carolgusi
Embaixadora de Sustentabilidade
*Matéria originalmente publicada no Caderno Especial Curitiba 328 anos, na edição #247 da revista TOPVIEW.