ESTILO CULTURA

Última semana para conferir os dois solos da Súbita Companhia no Miniauditório do Teatro Guaíra

Espetáculos "O medo da morte das coisas", de Maíra Lour, e “Dito”, de Pablito Kucarz, contam com direção de Nadja Naira

Em cartaz até o dia 2 de junho, próximo final de semana, os dois novos espetáculos da Súbita Companhia de Teatro: “O medo da morte das coisas”, de Maíra Lour, e “Dito”, de Pablito Kucarz, contam com dramaturgia autoral inédita e direção de Nadja Naira. As peças serão apresentadas em sequência no Miniauditório do Teatro Guaíra, com entrada gratuita. 

LEIA TAMBÉM: 5 títulos para conhecer autor de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”

Dito (Foto: Bruna Pena)

Em 17 anos de trajetória da companhia, esta é a primeira vez que a direção é assinada por uma convidada. Iluminadora, diretora teatral e atriz, Nadja Naira, que integra a companhia brasileira de teatro desde 2002, transita entre iluminação e direção teatral, buscando realizar pesquisas artísticas sintonizadas com a dramaturgia e a cena contemporânea.

Os solos autoficcionais são resultado da pesquisa continuada em encenação e dramaturgia contemporâneas desenvolvida pela companhia, com foco nos estudos do corpo e do movimento. Partindo de textos escritos pelo próprio elenco, as peças partem de pesquisas particulares, mas dialogam entre si tanto pelo processo de criação e cenários compartilhados quanto pelos temas, que percorrem questões vinculadas à memória.

O medo da morte das coisas (Foto: Dayana Jacqueline Gonçalves)

“O medo da morte das coisas” solo de Maíra Lour, marca seu retorno aos palcos como atriz depois de muitos anos à frente da direção dos espetáculos do grupo. A obra investiga a durabilidade e a necessidade de manutenção das coisas e das relações. O solo mostra uma mulher que dança e revela suas memórias em um apartamento antigo que mostra marcas de desgaste do tempo e precisa de cuidados. Ao observar as manchas, o mofo, as rachaduras e vazamentos ela se volta para dentro de si e se confunde com aquele lugar. 

A partir de uma escrita autobiográfica, memórias são narradas e dançadas no intuito de compartilhar a temática da iminência da morte e da efervescência da vida. O texto leva o público a se identificar com sua própria história de vida e a se reconectar com estruturas afetivas e também sociais que compõem cada um de nós.

Dito (Foto: Dayana Jacqueline Gonçalves)

“Dito” parte da dramaturgia escrita por Pablito Kucarz, que coloca em perspectiva as narrativas de um pai e um filho e abre uma possibilidade ficcional de diálogo entre eles. Na peça, o ator investiga sua própria trajetória através do espelhamento com a história de seu pai. As diferenças que os afastam e que os aproximam, a herança genética e o laço delicado que define uma relação entre dois homens, um pai e um filho. O espetáculo é o segundo solo do ator, que em 2019 estreou “O Arquipélago”, sendo indicado ao Troféu Gralha Azul na categoria de Melhor Ator.

Serviço

Quando: 17/05 a 02/06 – sexta a domingo 
Horários: sextas: 19h – O medo da morte das coisas | 20h30 – Dito | Sábados: 19h – Dito | 20h30 – O medo da morte das coisas | domingos: 19h – O medo da morte das coisas | 20h30 – Dito
Onde: Miniauditório do Teatro Guaíra (Amintas de Barros, s/n, Centro, Curitiba/PR)
Entrada gratuita (ingressos distribuídos uma hora antes das apresentações)

Deixe um comentário