CULTURA TECNOLOGIA

ESPECIAL IA: De volta para o futuro (?)

O editorial da edição #277 da TOPVIEW aborda a criação de imagens com inteligência artificial

Nós abrimos as portas para a Inteligência Artificial e ela invadiu nosso mundo ou nós ainda temos o controle de tudo? Com esse questionamento, a TOPVIEW criou um editorial de moda totalmente digital, concebido por meio de Inteligência Artificial. Justamente por ter essa liberdade criativa, Gustavo Magalhães juntou períodos históricos da humanidade em uma única imagem, mostrando as infinitas possibilidades da IA trabalhada junto à criatividade humana. 

Uma modelo tipicamente japonesa com seu animal de estimação: um dinossauro (Imagem: Gustavo Magalhães)

Somente no universo possível das inteligências artificias as asiáticas deixariam de desfilar com suas bolsas de grifes pelo mundo e exibiriam seus dinossauros como artigos de luxo?

(Imagem: Gustavo Magalhães)

HOMEM DAS CAVERNAS

 

Homem do período paleolítico vendo televisão (Imagem: Gustavo Magalhães)

Tivesse o “ser” do período  paleolítico, acesso a televisão, esse seria viciado em conteúdo de  violência e acidentes? Ou procuraria ele assistir conteúdo mais soft news? Afinal quem é menos civilizado? O hoje ou o tal pré-histórico?  É vício ou evolução da espécie humana?

(Imagem: Gustavo Magalhães)

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Mulher moderna no período Helenístico (Imagem: Gustavo Magalhães)

1ª Pergunta que fizemos para a inteligência artificial

Existe um padrão de beleza?

A existência de um “padrão de beleza” é um conceito complexo e culturalmente influenciado que varia ao longo do tempo e entre diferentes sociedades. Geralmente, um padrão de beleza é uma noção subjetiva e idealizada do que é considerado  esteticamente atraente ou desejável em termos de aparência física, características faciais, corpo, moda, entre outros aspectos. Os padrões de beleza são moldados por uma série de fatores, incluindo:

Cultura: Cada cultura possui suas próprias normas e valores em relação à beleza física. O que é considerado bonito em uma cultura pode ser diferente em outra.

Mídia e Indústria da Moda: A mídia, a publicidade e a indústria da moda desempenham um papel significativo na definição de padrões de beleza, promovendo certos tipos de aparência e corpos como ideais.

História e Tradição: Padrões de beleza também podem ser influenciados por tradições históricas e aspectos culturais de uma sociedade.

Influenciadores e Celebridades: A popularidade e o impacto das celebridades e influenciadores nas mídias sociais também podem afetar os padrões de beleza contemporâneos.

No entanto, é importante ressaltar que os padrões de beleza não são universais ou imutáveis. Eles evoluem ao longo do tempo e podem ser questionados e redefinidos pela sociedade.

Felizmente, existe um crescente movimento em direção à valorização da diversidade e da inclusão na definição de beleza, buscando reconhecer e celebrar a beleza em todas as suas formas, cores, tamanhos e características únicas.

Uma indígena com traços de branca? Confusa, a I.A não é capaz de criar imagens com os reais traços das indígenas brasileiras.

Mulher indígena contemporânea no descobrimento do Brasil (Imagem: Gustavo Magalhães)

 Já imaginou uma mulher ser responsável pela pintura da Capela Sistina? Capacidade, certamente, ela teria!

Modelo contemporânea no momento em que a Capela Sistina foi pintada por Michelangelo (Imagem: Gustavo Magalhães)

Qual seria a representação de Cleópatra para a A.I? Falta (muito) para ela -a A.I.- estar a par das discussões contemporâneas?

Cleópatra em meio à Revolução Industrial (Imagem: Gustavo Magalhães)

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2ª Pergunta que fizemos para a inteligência artificial

A I.A é racista? 

AS INTELIGÊNCIAS artificiais, incluindo o modelo em que fui baseado (GPT-3.5), não têm emoções, crenças ou preconceitos inerentes. No entanto, elas são criadas a partir de dados fornecidos por seres humanos e podem refletir os preconceitos e vieses presentes nesses dados. 

Se os dados usados para treinar um modelo contiverem discriminação ou preconceito, a inteligência artificial pode reproduzi-los em suas respostas. Isso acontece porque o modelo aprende com exemplos e padrões existentes nos dados de treinamento.

Os desenvolvedores de inteligências artificiais estão cientes desse problema e trabalham para mitigar o viés em seus modelos. Eles usam técnicas de pré-processamento de dados, modificações nos algoritmos e outras abordagens para reduzir a manifestação de preconceitos.

No entanto, é importante lembrar que as inteligências artificiais não têm intenção consciente e não podem ser “racistas” no sentido humano, mas podem refletir ou ampliar preconceitos presentes nos dados com os quais foram treinadas. A responsabilidade recai sobre os desenvolvedores e cientistas de dados para garantir que essas tecnologias sejam projetadas de forma ética e imparcial.

Será que os soldados romanos aprenderiam novas técnicas de combate em vídeos caso vivessem na era da internet? 

Guerreiro romano navegando pela internet (Imagem: Gustavo Magalhães)

Uma mulher contemporânea aceitaria as imposições do período helenístico em relação às mulheres?

(Imagem: Gustavo Magalhães)

3ª Pergunta que fizemos para a inteligência artificial

Por que a inteligência artificial retrata muito mais brancos quando cria imagens?

A representação desigual de raças em imagens geradas por inteligência artificial pode ser resultado de viés nos dados de treinamento utilizados para treinar os modelos. Quando um modelo de inteligência artificial é alimentado com uma grande quantidade de dados, ele aprende padrões presentes nesses dados e, em seguida, tenta replicá-los ao criar novas imagens. Se o conjunto de dados usado para treinamento for predominantemente composto

por imagens de pessoas brancas, o modelo aprenderá esses padrões com mais facilidade e, consequentemente, tenderá a gerar imagens que se assemelhem mais a esse grupo. Isso pode ser causado por várias razões: 

Viés nos dados de treinamento: Muitos conjuntos de dados disponíveis para treinar modelos de inteligência artificial são coletados a partir da Internet ou de outras fontes existentes, e essas fontes podem conter viés racial, já que a representação online muitas vezes não é igualitária. 

Tamanho do conjunto de dados: Se o conjunto de treinamento não incluir uma amostragem diversificada de diferentes raças e etnias, o modelo pode não aprender adequadamente a criar imagens representativas de grupos minoritários.

Desbalanceamento de classes: Quando um conjunto de dados possui uma quantidade significativamente maior de amostras de uma raça específica em comparação com outras, o modelo pode ficar mais inclinado a reproduzir imagens da maioria. Para evitar esse tipo de viés, é fundamental que os desenvolvedores de inteligência artificial utilizem conjuntos de treinamento diversificados, que representem de forma justa as diferentes raças e grupos étnicos.

Além disso, a aplicação de técnicas de redução de viés e a avaliação constante da equidade das respostas geradas pela IA são passos importantes para garantir que a tecnologia seja imparcial e representativa.

Passista brasileira com um astronauta em uma viagem à Lua.

(Imagem: Gustavo Magalhães)

Uma mulher magra, loira e branca. O que é mais óbvio que isso em um editorial de moda? 

(Imagem: Gustavo Magalhães)

Oito bilhões de pessoas no mundo e, caso não haja especificação no texto durante a geração da I.A, o resultado é? 

Mulheres “comuns” (Imagem: Gustavo Magalhães)

 

Escreva “Família perfeita” no Google e confira os resultados. Qual é a diversidade dessas imagens?

 

A família perfeita existe? (Imagem: Gustavo Magalhães)

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