Aliança pela sobrevivência: conheça a história da Cooperativa Vinícola Nova Aliança
Em um Brasil que aprendia a sobreviver, a cooperação virou ofício. Os imigrantes europeus chegavam à nova terra no século XIX com a esperança de uma vida feliz e próspera. Com promessas de trabalho e de uma pequena terra para cultivar. Boa parte deles, italianos, se instalou-se na bela Serra Gaúcha.
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A realidade, no entanto, não era tão bonita quanto a paisagem encontrada no alto das montanhas de Flores da Cunha, cidade em que está localiza- da a fábrica da Cooperativa Vinícola Nova Aliança: não havia estrutura para receber tantos imigrantes, nem ofertas de trabalho… mas havia uma terra fértil e um mercado promissor, o vitivinícola.
Cooperar para crescer
Foi então que os colonos do Rio Grande do Sul se fortaleceram com a criação das cooperativas. A primeira, em 1929, na região de Caxias do Sul, batizada de Cooperativa São Victor. Em 1930, inspirados, os moradores de Flores da Cunha repetiram o feito e criaram a Cooperativa São Pedro e, em 1931, mais três cooperativas vinícolas foram fundadas na região: a Aliança, a Linha Jacinto e a Santo Antônio.
“Na minha família, a gente sempre trabalhou com a uva: o meu avô passou para o meu pai, que passou para mim, e agora eu vou passar para o meu filho.” – Gilmar Chiarani
Com nomes diferentes, mas com trabalhos iguais, as cinco cooperativas continuaram a desenvolver as regiões de origem. Cada uma delas foi crescendo e mostrando o poder incontestável do cooperativismo — que faz do Rio Grande do Sul o líder nacional em associados a cooperativas: 260 mil cooperados em 2022, de acordo com dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023.
E, se por essência a cooperação é o que faz a força, as empresas precisaram desse impulso em mais um momento na história.
Uma nova aliança
Em 2010, as cinco cooperativas resgataram o legado dos antepassa- dos italianos: fizeram das cinco cooperativas uma só. E assim nasceu a Cooperativa Vinícola Nova Aliança. Com uma estrutura de 24 mil m2 instalada em Flores da Cunha e inaugura- da em 2014, a marca produz vinhos, espumantes e sucos.
Hoje, a marca reúne mais de 700 associados, distribuídos em todo o Rio Grande do Sul.
De geração em geração
O produtor de uvas Gilmar Chiarani (54), do município de Nova Pádua, no Rio Grande do Sul, aprendeu a plantar e a colher as uvas com o pai, Olinto Chiarani (79) na propriedade de seis hectares herdada pela família. Asso- ciado à Cooperativa Nova Aliança, o agricultor dedicou a vida toda às uvas: “eu me orgulho de ser produtor de uva. Na minha família, a gente sempre trabalhou com a uva, o meu avô passou para o meu pai, que passou para mim e agora eu vou passar para o meu filho”.
“Meu foco é continuar na produção de uvas. e seguir o caminho que o meu pai e o meu avô traçaram para mim.”– Leandro Chiarani
Gilmar fala de Leandro Chiarani. O jovem de apenas 22 anos é associa- do à Cooperativa há quatro anos, mas desde os 12 se recorda de ajudar o pai a fazer pequenos trabalhos na propriedade da família. Essa rotina é comum, confirma Fernando Matana, Diretor Comercial da Cooperativa Nova Aliança.
Matana explica que 80% dos cooperados da marca são peque- nos agricultores e as famílias são compostas por duas a três pessoas. O legado é uma essência das cooperativas e um propósito da Nova Aliança, reforça.
Leandro vê nas uvas e na Nova Aliança o futuro que lhe foi herdado com carinho pelos antecessores: “o meu foco é continuar na produção de uvas. É isso que eu gosto de fazer. Lidar com a natureza, lidar com as plantas. E seguir o caminho que meu pai e o meu avô traçaram para mim.”
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