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Você já ouviu falar de parametria? Conheça tudo por trás desta arquitetura fantástica

Conheça a técnica e algumas das mulheres com mentes brilhantes por trás da arquitetura paramétrica feita atualmente pelo mundo

Na arquitetura, a ideia e a sua visualização são a base para o início da criação de um projeto. Porém, e se antes disso a concepção partir de dados diversos? Por exemplo, o comportamento dos usuários e outras condições, como esforços de estrutura, relevo, clima, vento, insolação e até geometria.

Nestes últimos anos, temos vivenciado mudanças na arquitetura, especialmente na área tecnológica. A computação gráfica impactou, além do desenvolvimento dos projetos, também a sua idealização. Logo, o sistema paramétrico é um desses avanços.

Centro de Aprendizagem Rolex, de Kazuyo Sejima.

Ele é o resultado da análise de parâmetros por meio de algoritmos, que, por meio de programas de computação avançada, possibilitam a criação de geometrias complexas. Isso traz uma revolução com enfoque diferente dos paradigmas até então existentes.

Contudo, o design paramétrico é uma forma/geometria assertiva, quando cria, por exemplo, aberturas na fachada, no sentido de maior captação da luminosidade solar em determinada época do ano. Ou uma geometria que minimize o impacto do vento para o projeto de um arranha-céu.

A partir disso, conseguimos grandes marcos arquitetônicos.

MAAT, de Amanda Levete

Ícones femininos da arquitetura do futuro

Conheça quatro mulheres e suas habilidades para inspirar mudanças no campo da arquitetura (em comum, a aplicação da parametria em alguns projetos incríveis!):

1 – Propostas paramétricas podem ser vistas como o legado de Zaha Hadid. A grande arquiteta iraquiana-britânica, que foi a primeira mulher a receber o prêmio Pritzker, é reconhecida pelo design ousado e com muitas curvas. Uma das suas obras mais icônicas é o Heydar Aliyev Center, no Azerbaijão. Afinal, o edifício parece ter sido modelado como um tecido.

2 – Uma das obras mais impactantes da britânica Amanda Levete recebeu o prêmio Jane Drew 2018. Se trata do Museu da Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, MAAT. Ele tem a geometria de um arco suave à beira do rio Tejo. Repleto de elementos obtidos pela parametria, é recoberto por azulejos que se encaixam perfeitamente e revestem a forma. Os azulejos foram colocados a fim de permitir aos visitantes caminhar sob e através do edifício.

3 – Jeanne Gang, fundadora da Studio Gang, coloca em debate a convivência entre as pessoas e o diálogo com a cidade. Vencedora, em 2017, do Louis I Kahn Memorial Award e do National Design Award, em 2013, ela tem os princípios da parametria em um dos seus projetos mais celebrados, o arranha-céu Aqua Tower.

Eliza Schuchovski em frente ao seu painel, desenvolvido em sistema paramétrico.

4 – A arquiteta japonesa Kazuyo Sejima, cofundadora do escritório SANAA, recebeu o Prêmio Pritzker, em 2010. Kazuyo tornou-se portanto, a primeira mulher indicada como diretora da Bienal de Arquitetura de Veneza.

Entre suas principais obras, está o Centro de Aprendizagem Rolex, para a École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL). De fato um marco arquitetônico na Suíça concebido pela análise de parâmetros preestabelecidos

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