ESTILO

Arquitetura sem gênero? Já tem curitibana trabalhando com esse novo conceito

"Falamos tanto sobre rotulação de pessoas, mas continuamos aplicando isso na arquitetura", revela Maria Sliviany

As práticas sociais estão cada vez mais próximas de todas as áreas. Prova disso é o novíssimo conceito de arquitetura genderqueer. A idealização de um ambiente sem gênero é uma proposta defendida nos projetos da arquiteta curitibana Maria Sliviany, que estende o conceito para todas as áreas do design e da arte. Esse conceito trabalhado em seu escritório, o SLVY Arquitetura, trata de não rotular espaços como masculinos ou femininos, como é comum encontrar em mostras de arquitetura e decoração.

Arquitetura Genderqueer

Dispersando a ideia das cores pré-determinadas, “rosa é para as meninas e azul para os garotos”, um ambiente genderqueer se dedica mais as características pessoais da pessoa que seu gênero. “Quando vou a mostras de decoração, sempre me apaixono pelo estilo do quarto do rapaz e me pergunto o porquê do uso dessa nomenclatura. Falamos tanto sobre rotulação de pessoas na sociedade, mas continuamos aplicando isso na arquitetura”, complementa a arquiteta.

A ideia não é criar um ambiente neutro, mas sim, desmistificar alguns elementos considerados femininos ou masculinos, mostrando suas aplicações em espaços opostos ao que se considera comum. Ela exemplifica que mulheres podem sim gostar de um quarto no estilo industrial.

Além dos projetos arquitetônicos, Maria também explora o Genderqueer em obras artísticas que os compões. “Hoje, já conto com peças em projetos e à venda em lojas”, conta. A paixão pelo mundo artístico também se revela no desenvolvimento de projetos de estúdios musicais, tanto residenciais, quanto comerciais. 

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