5 tendências de Milão por San Remo & Renata Zappellini
A cada ano, Milão mostra ao mundo o frescor das novas criações em um dos maiores eventos de design, o Milano Design Week, que aconteceu entre os dias 16 e 21 de abril. A convite da Construtora San Remo, a arquiteta e curadora de tendências de arquitetura, arte e design, Renata Zappellini, esteve presente no evento âncora, o Salone Del Mobile, e apontou highlights de alguns dos principais players do setor pensando no residencial de luxo Chateau Carmelo, o lançamento da construtora. Confira 5 tendências apresentadas pela arquiteta para o “San Remo Takes”, a nova série de vídeos da Construtora San Remo que será postada no Instagram com o propósito de “viajar o mundo em busca de novidades”.
LEIA TAMBÉM: Four Seasons lança empreendimento residencial em Coconut Grove, na Flórida
Cores que remetem a natureza
De acordo com a arquiteta, foi nítido ver uma paleta de cores com tons que remetem a natureza: desde os ensolarados com tonalidades de amarelos pastéis, mostarda e cúrcuma, os rosados e alaranjados, com tons de azuis até uma grande gama de verdes, como menta, militar, folha e pistache. Alguns destaques que apareceram com frequência, foram os tons marsala, o laranja anos 70 e o amarelo candy color. A Poliform, por exemplo, trouxe harmonia entre tons terrosos, tecidos com texturas mais sensíveis ao tato e superfícies marmorizadas com veios expressivos, dando mais vida a sua linguagem elegante e atemporal.
O bem-estar dentro de casa
Impulsionado pela pandemia, a preocupação com o bem-estar ganhou destaque na casa e apareceu em peças mais ergonômicas, em superfícies mais texturizadas e em tecidos mais sensíveis ao toque. Destaque para o bouclè, veludo e feltro. A cromoterapia também foi destaque e ganhou a cena para duchas e iluminação. “Novos tempos onde o design nos conduz a uma reconexão”, comentou Renata. Entre as marcas, as linguagens como Japandi e Kinfolk chamam atenção por estar presente nos ambientes minimalistas e acolhedores onde os elementos dialogam criando espaços que remetem bem-estar e natureza.
Anos 70, linguagem futurista e divertidas combinações
A linguagem dos anos 70 foi evidente junto a abordagem futurista, novas e divertidas combinações de materiais que representam uma parte significativa da cena do design atual. Segundo ela, foi possível perceber a mistura de padronagens, texturas, cores e estilos, que celebram uma criativa linguagem visual que referencia o passado enquanto conversa com o futuro. “Aqui, vale destacar as lacas brilhantes, os tons de laranja vintage, o aço inox, os pés tubulares e os vidros texturizados com ar retrô.” Baxter, por exemplo, em encontro com o retrô futurista, misturou elementos que celebram uma criativa linguagem visual que referencia o passado enquanto conversa com o futuro. Destaque para o tom laranja e aço inox.
Mobiliários flexíveis, fluidos e funcionais
“Falando especificamente de mobiliário, podemos definir por 3 Fs: peças mais flexíveis, fluidas e funcionais, com formas orgânicas, modulares, aplicadas em diversos contextos e que trazem leveza aos espaços”, explica. Os clássicos continuam em alta, como peças icônicas reeditadas com cuidados contemporâneos e uma presença marcante de pedras com máxi texturas.
Sustentabilidade continua
“Essa, continua em evidência”, comentou a arquiteta. São questões ligadas à natureza e ao panorama econômico atual que fazem com que os grandes players busquem cada vez mais pelo caráter de longevidade, dando um tom atemporal e especial para as peças, com linhas de produção sustentáveis e com um caráter híbrido e multifuncional. Para Renata, a sustentabilidade apareceu no sentido macro, de engajamento, escolhas de materiais, ciclo de vida e cada conduta.