ESTILO

#AnuárioTOPVIEW: carta do publisher

Caminhos que se renovam

Se ao que busco saber nenhum de vós responde

Por que me repetis: “vem por aqui!” ?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,

Redemoinhar aos ventos,

Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí…Se vim ao mundo, foi

Só para desflorar florestas virgens,

E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!

O mais que faço não vale nada.

(Cântico Negro, José Régio)

Construir o futuro significa trabalho árduo no presente. Essa ideia tem permeado todos os dias das minhas 52 últimas semanas. Tempo que assumi o desafio de reposicionar essa marca tão querida pelos curitibanos, colocando-a no topo das marcas do sul do país no relacionamento com o mercado e com o público de alto padrão. O desafio ainda levará tempo para findar-se, mas alguns objetivos foram atingidos. Nunca nesses 18 anos de história a TOPVIEW foi tão lida, curtida, compartilhada e comentada/discutida.

Há um tempo, era possível dizer que chegamos à maioridade com 18 anos. Mas com a expectativa de vida aumentando, se tomarmos isso como referência posso dizer que ainda somos uma empresa muito jovem buscando seu lugar ao sol. Em um momento em que a comunicação não só passa por uma crise de modelo econômico, mas também por um grande questionamento de suas funções éticas, estruturais e culturais, buscamos desenhar novos produtos, serviços e modelos que servirão para intensificar a presença no que é o mais importante para um veículo como o nosso: o relacionamento com o público.

Esse relacionamento não é mais tão óbvio e nem sempre se dá pelas vias tradicionais. Também não enxergo o digital como a nova plataforma de relacionamento; longe disso, ou melhor, muito à frente disso está a quebra de todas as barreiras, criando uma comunicação one-line. Com ela, as barreiras antigas já não fazem mais sentido, principalmente por causa de novos conceitos que o nosso público – apesar de não dominar a semântica -, vivencia todos os dias, como a ubiquidade (estar presente em vários lugares ao mesmo tempo), a transmutação de conteúdo entre on e off e as extensões corporais, com os smartphones e outros gadgets.

O nosso desafio não é tão grande (no que tange a existência) quanto o de outros setores, que correm o risco de não existir nos anos que se seguirão. Mas as batalhas que enfrentamos são importantes, pois a comunicação séria, feita por profissionais capacitados sem se deixar seduzir pelo “canto da sereia”, é um dos pilares de uma sociedade democrática e saudável.

Nós atuamos em uma parte do jornalismo voltada ao softnews, que por mais supérfluo que possa parecer, não o é. Afinal, em um exercício claro e sincero de objetivos na vida, todas as pessoas buscam qualidade por meio do morar bem, comer bem, viajar e outras atividades relacionadas com estilo. Por isso, nossos produtos e serviços estão focados em trazer referências de lifestyle a todo momento, e este anuário é uma prova disso. Os profissionais aqui publicados estão entre os melhores do mercado. Suas obras e criações impactam não só pela beleza, mas por todos os atributos essenciais do bem morar.

Seguimos assim, jovens de espírito nas nossas ações. Cada dia é um exercício na busca de novas forma de comunicar. E essa jornada só é possível graças a parceiros como a Construtora Monreal, que apresenta o Anuário Premium TOPVIEW, a Artefacto e a S.C.A. Móbiliário Contemporâneo, que nos privilegiaram como patrocinadoras, e a Unicuritiba e a Berneck, que são apoiadoras fundamentais desta primeira edição. Ela foi feita para valorizar o trabalho de nossos Arquitetos, Decoradores, Designers de Interiores e Paisagistas. A eles, também nosso muito obrigado.

Cabe a nós, a cada dia, independentemente do segmento em que trabalhamos, construir um futuro melhor, por caminhos que se renovam.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,

Ninguém me peça definições!

Ninguém me diga: “vem por aqui”!

A minha vida é um vendaval que se soltou,

É uma onda que se alevantou,

É um átomo a mais que se animou…

Não sei por onde vou,

Não sei para onde vou

Sei que não vou por aí!

(Estrofe final de Cântico Negro, José Régio)

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