CULTURA ARTES

#amazontrip: Manaus, uma cidade tomada por museus e espaços culturais

Conheça as construções mais simbólicas da cidade e que hoje abrigam museus e espaços culturais e conservam a história do povo manauara

Manaus é um museu a céu aberto. As construções mais simbólicas da cidade hoje abrigam museus e espaços culturais. Das casas dos barões da borracha aos edifícios públicos, a cidade conserva sua história e se abre para os visitantes.

Palácio Rio Negro

Fachada do Palácio do Rio Negro habitado por Eduardo Ribeiro (Foto: Divulgação)

Um dos exemplos é o Palácio Rio Negro. A requintada casa do empresário Waldemar Scholz foi construída em 1903, se tornou a residência oficial do governador do estado em 1917, após ter sido comprada pelo governo, e hoje abriga o Centro Cultural Palácio Rio Negro. No seu interior estão guardados o mobiliário da época em que o palácio foi residência oficial, uma escada central toda confeccionada em madeira e com vários lances de degraus se destaca logo na entrada. A fachada dos fundos abriga no andar superior uma grande varanda de onde em outros tempos se avistava o rio. Os ladrilhos desta varanda foram pintados à mão por exigência do ascendente empresário.

Esculturas decoram o palacete que já foi sede de governo e está muito próximo ao Rio Negro em Manaus (Fotos: Marcus Yabe)
Escadas do casarão histórico não levam prego nem cola, todas as peças são encaixadas para formar o belo exemplar da marcenaria antiga (Fotos: Pedro Silveira)
Sacada/Varanda do casarão dá vista para os jardins que são integrados a um parque da cidade. (Fotos: Marcus Yabe)
Bustos estão espalhados por toda propriedade. (Fotos: Marcus Yabe)

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Casa Eduardo Ribeiro

Outra residência particular que se tornou um espaço cultural é a Casa Eduardo Ribeiro, localizada na rua lateral do Teatro Amazonas este pequeno palacete se eleva da rua por uma bela escada. Abriga no andar de acesso os espaços sociais como o grande salão com o piano que se abre para o jardim dos fundos, além do escritório onde seu importante morador recebia amigos e autoridades. Eduardo Gonçalves Ribeiro foi o primeiro governador negro do estado do Amazonas, responsável e idealizador de várias obras na cidade, entre elas, o próprio Teatro Amazonas e o Palácio da Justiça.

Fachada da Casa Eduardo Ribeiro (Foto: Marcus Yabe), lateral da casa e encenação de baile na sala de visitas (Fotos: Divulgação)
Varanda e Sala do Piano (Fotos: Divulgação) e antigo quarto do Governador Eduardo Ribeiro (Foto: Pedro Silveira)
Chão tomado pelas pétalas da flor de jambu e arvore de jambu embaixo dessa árvore está estacionada a carruagem construída com amortecedor, uma inovação na época (Fotos: Pedro Silveira)

Palácio da Justiça

Com sua construção iniciada em 1894, o Palácio da Justiça levou 6 anos para ficar pronto. Sua obra foi apressada, por isso, alguns de seus acabamentos são mais simples que os do Teatro Amazonas. Mas nem por isso o edifício perdeu em rebuscamento e beleza. O teto do salão do andar superior é todo de placas de gesso pré-moldadas vindas da Itália, as salas do júri e dos desembargadores têm mobiliário com madeiras nobres brasileiras. Hoje o palácio abriga uma biblioteca de referência com livros antigos da área do Direito e o curioso Museu do Crime. Este museu tem destaque na intrigante história do caso Delmo, um crime que chocou a cidade nos anos 1950.

Palácio da Justiça de Manaus à noite. Quando foi construído, os senhores da borracha estavam começando a entrar em decadência, por isso, diversos elementos e materiais do Teatro Amazonas foram reaproveitados no palácio. (Foto: Jean Cardoso)
Como o palácio foi construído no declínio da borracha, não foi usado mármore na parede e sim uma pintura que simula a nobre pedra (Fotos: Marcus Yabe e Pedro Silveira)
Roseta e detalhes do teto são de origem italiana, muitos elementos decorativos foram aproveitados da construção do Teatro Amazonas (Fotos: Pedro Silveira e Marcus Yabe)
Sala do tribunal do júri no Palácio da Justiça em Manaus (Foto: Pedro Silveira)

Palacete Provincial

Saindo das redondezas do Largo de São Sebastião e indo para as proximidades do Palácio Rio Negro temos cinco museus ocupando uma única edificação. O Palacete Provincial foi o Quartel da Polícia Militar por mais de 100 anos. Dentro desta antiga construção estão abrigados o Museu da Imagem e do Som do Amazonas, Museu de Numismática, Museu Tiradentes, Museu de Arqueologia e a Pinacoteca do Estado.

Palacete Provincial de Manaus (Foto: Marcus Bevilaqua)
Palacete Provincial de Manaus (Foto: Fonseca)

Paço da Liberdade

Localizados ao redor da Praça do Paço, o Palácio Rio Branco e o Museu do Paço da liberdade são mais duas belas construções da capital manauara, sendo o segundo considerado o primeiro edifício neoclássico da cidade. Este museu tem no seu interior o mesmo capricho e requinte encontrado nas demais construções. Restaurado nos anos 1990 abriga exposições artísticas e proporciona de seu salão central uma vista para o Rio Negro.

Sala no Paço da Liberdade onde estão presentes as fotos de todos os prefeitos da história de Manaus (Foto: Pedro Silveira)

A época áurea da borracha trouxe a opulência das construções neoclássicas da Europa do final do século XIX para o meio da selva amazônica. Ao caminhar pelas ruas do centro histórico inúmeras construções, marcos, fontes e monumentos nos transportam para uma cidade de outra época, mas além disso a forma como a população se apropria destes espaços é o que torna Manaus uma cidade viva e pulsante.

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