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7 livros escritos por mulheres indicados pelas nossas mulheres da redação

Dentre os livros que você leu na vida, quais são feitos por mulheres? Confira a lista das escritoras que você tem que ler!

Na história da literatura mundial, muitas escritoras tiveram que resistir para poderem publicar seus livros e, até hoje, diversas ainda precisam lutar para serem reconhecidas. Mesmo com o avanço dos últimos anos, é comum que na memória de muitas pessoas a literatura produzida por homens seja predominante. Porém, os livros escritos por mulheres podem trazer à tona assuntos e personagens mais interessantes, com características marcantes e que podem representar protagonistas diferentes e autênticas ao redor do mundo. 

Pensando nisso, as mulheres da TOPVIEW resolveram dar um “pitaco” – de ótima intenção – em sua lista de livros para 2021 e indicaram sete grandes livros de escritoras, que todos deveriam ler!

Querida Konbini, Sayaka Murata

O romance nos apresenta Keiko Furukura, que aos 36 anos segue no emprego da adolescência, em uma loja de conveniência, e nunca se envolveu romanticamente. Sayaka Murata usa este contexto tão particularmente japonês para colocar, na voz de sua protagonista, questões que ultrapassam esse universo e atingem pontos cruciais da vida em sociedade — o peso que as expectativas alheias e a ideia de “normalidade” têm na vida dos indivíduos; a forma como absorvemos a maneira de falar e agir das pessoas ao nosso redor; e nosso esforço, muitas vezes inconsciente, para identificar e seguir as normas sociais.

Condições Nervosas, Tsitsi Dangarembga

(Foto: Divulgação)

Condições nervosas, de Tsitsi Dangarembga, é um clássico da literatura africana. Narrado em primeira pessoa por Tambudzai, que, já adulta, relembra a sua infância e adolescência e os caminhos que tomou para contornar as opressões. Tambu tem a oportunidade de estudar após a morte do irmão, único menino da família. Em suas memórias, ela relembra as dificuldades do processo de emancipação de sua mente e corpo, as ideias controversas e sedutoras da prima Nyasha, a resignação da mãe, a amargura da tia, e as injustiças que unem todas essas mulheres. O livro traz discussões pertinentes sobre machismo, religião e colonialismo, e como esses três fatores se entrelaçam para construir uma sociedade altamente opressora e limitante para as mulheres e as pessoas que vivem na pobreza. 

O que o sol faz com as flores, Rupi Kaur

(Foto: Divulgação)

O que o sol faz com as flores é uma coletânea de poemas sobre crescimento e cura, ancestralidade e raízes, expatriação e o amadurecimento até encontrar um lar dentro de você. Organizado em cinco capítulos e ilustrado pela escritora indiana Rupi Kaur, o livro percorre uma extraordinária jornada dividida em murchar, cair, enraizar, crescer, florescer. Uma celebração do amor em todas as suas formas.

Mulheres que correm com os lobos, Clarissa Pinkola Estés

(Foto: Divulgação)

Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa Pinkola Estés descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros. 

Todo dia a mesma noite, da Daniela Arbex

(Foto: Divulgação)

Daniela Arbex é reconhecida como uma das jornalistas mais relevantes do país — premiada por duas vezes com o prêmio Jabuti — ao reconstituir de maneira sensível e inédita os eventos da madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando a cidade de Santa Maria perdeu de uma só vez 242 vidas. Foram necessárias centenas de horas dos depoimentos de sobreviventes, familiares das vítimas, equipes de resgate e profissionais da área da saúde — ouvidos pela primeira vez neste livro —, para sentir e entender a verdadeira dimensão da tragédia. A leitura é uma dolorosa e necessária tomada de consciência, um despertar de empatia pelos jovens que tiveram seus futuros barbaramente arrancados. 

Frida Kahlo: uma biografia, María Hesse

(Foto: Divulgação)

A mexicana Frida Kahlo é hoje uma das artistas mais populares do mundo todo. Seus quadros atingem valores recordes, e seu rosto é reconhecido em todo o planeta. Sua curta vida, entretanto, foi fascinante e cheia de acontecimentos. María Hesse, artista gráfica espanhola, nos oferece uma lindíssima biografia ilustrada que apresenta, entretecidas, a vida e a obra de Frida Kahlo, incluindo trechos de seus diários, cartas e depoimentos. O livro revela as dores e as delícias de sua existência, mas também como usou a arte para vencer as limitações que as condições lhe impunham e reinventar o próprio existir. 

Mulheres me contaram outro dia, Adriana Moro

(Foto: Divulgação)

O livro Mulheres me Contaram Outro Dia tem o intuito de promover a união entre as mulheres por meio da dor que vivenciam ou vivenciaram. A obra foi escrita, editorada, ilustrada, promovida e realizada, em todas as suas etapas, por mulheres. Escrito pela enfermeira Adriana Moro em seus dias de isolamento por conta da pandemia de Covid-19, a obra traz histórias e relatos de violência contra a mulher.  

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