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Inovar é para poucos, aprender é para todos

A inovação como convite ao aprendizado coletivo em tempos de inteligência artificial

Parei para escrever este texto algumas vezes e, em todas elas, empaquei. O tema desta edição é inovação, e me pareceu pretensioso opinar sobre um território em que me sinto aprendiz.

Essa singela palavra, “aprendiz”, traduz com grande valia minha opinião para o texto de hoje.

Inovar é uma capacidade exercida por poucos, mas que, quando acertada, influencia a vida de muitos.

Acontece que, para qualquer inovação se tornar prática e ajudar de fato o dia a dia das pessoas, ela precisa alcançar a massa. E, para que isso aconteça, cabe aos beneficiados ter curiosidade para aprender. Aprender, por sua vez, demanda adaptação. Todos nós somos, por natureza, resistentes a mudar. Deve ser da nossa natureza.

Freud ou Jung explicam.

Mas diante da enorme oportunidade que o mundo tem nos apresentado com a inteligência artificial, a resistência em aprender e se adaptar tem trazido prejuízos.

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Quando um time não aprende sobre inteligência artificial, a inovação não pode ser colocada em prática e deixa de ser útil. A preguiça, a acomodação e a estabilidade matam o progresso.

Essa situação me lembra o mito da caverna: um homem um dia sai da caverna e descobre um mundo novo e incrível lá fora. Ao voltar para a caverna, no entanto, ele não consegue convencer os outros, pois estes estão acomodados com a realidade atual.

Para avançarmos como sociedade, faço o convite para que nos permitamos dedicar tempo a aprender, a estudar e a se adaptar.

Respeito o livre arbítrio de quem não quiser se envolver, mas essa é uma causa de construção e adaptação conjunta e que pede o envolvimento de todos.

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