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O que fazer em Gravatal – e região? a gente compartilha nosso roteiro com você!

Para além do litoral, Santa Catarina revela destinos turísticos ricos em gastronomia, história, cultura, belas paisagens e atrações naturais

Não se chega a escutar a grama crescer, como dizem, mas a calma de Gravatal, com seu passar do tempo particular, é a primeira coisa que se faz notar: há crianças brincando livremente na avenida principal, as pessoas se cumprimentam pelo nome, . O “agito” – assim como a fonte econômica principal – fica por conta do turismo, fomentado sobretudo por hóspedes da terceira idade. O município catarinense é, afinal, reconhecido pela água: termal e seus benefícios para a saúde (recomendada no tratamento de dermatoses, artrites e males dos nervos, entre outros) e mineral, premiada como a segunda melhor do mundo para beber em 2017, na Itália.

Mais do que um município das águas, porém, onde se costuma ficar uma média de três dias, Gravatal pode se destacar como ponto de partida para o turismo regional: com uma infraestrutura de hotéis acima da média na região, fica próximo das belas praias de Laguna, da estonteante Serra do Rio do Rastro, da turística Nova Veneza, dos vinhos de Urussanga e de novidades como Santa Rosa de Lima, onde se fortalece o turismo rural.

Atrativos em Gravatal

São três os principais hotéis em Gravatal: Cabanas (caracterizado, justamente, pelas cabanas e pelo perfil mais rústico), Internacional (o maior, com 118 apartamentos, que oferece desde trilhas a vinhoterapia, passando por um espaço de terapias naturais) e o Termas (onde ficam as três captações de água mineral da localidade). Há, ainda, uma ecopousada biossustentável (considerada uma das mais sustentáveis do Brasil), a Verde Vida, que, se não possui água termal, oferece pacote para banhos de outros hotéis (e café da manhã vegano e com produtos da região). E, claro, é possível aproveitar o Parque Aquático da cidade, também com água termal (R$ 35, das 7h às 18h).

No município de 12 mil habitantes vale um passeio pela Avenida Pedro Zappelini (a principal, que, em seus 800 metros, concentra o comércio e chega a esconder dezenas de lojas, sobretudo de roupas, em galerias) e pelas proximidades. Lá, encontramos, com cheiro de capim-graxa, a Gruta Nossa Senhora da Saúde, a imperdível Jane Charcutaria (lombo defumado com curry, panceta com pimenta, torresmo cozido – chamado de queijo de porco – e, em breve, um parma de produção própria são destaques), a bela vista do Mirante Tataiwarê, a Casa do Mel (com itens de associações e produtores locais, como mel orgânico, biomassa de banana-verde orgânica, cera de abelha, entre outros).

A Casa do Mel, aliás, é um bom paralelo para o momento que vive Gravatal: a tradição e o natural são valorizados e preservados, mas com a ajuda da tecnologia, buscando avanços. A produção de mel, por exemplo, chega a 10 toneladas por ano, feita por 10 produtores – e é a sua união, como cooperativa, que viabiliza a expansão e a comercialização em outros estados. Já a união de Gravatal se dá com municípios vizinhos, que ampliam sua oferta turística (a operadora LM oferece passeios regionais): há toda uma região, chamada de Encantos do Sul, formada por 32 municípios. Os mais próximos, que podem ser conhecidos a partir de Gravatal, são:

Urussanga (50 km de Gravatal)

Entrada de Urussanga.

Fora das festas do vinho e da vindima (em agosto e janeiro, respectivamente), reserve uma tarde para visitar a Casa del Nonno, vitivinícola de 1975 especializada na uva goethe. Trata-se de uma uva muito exclusiva: segundo Matheus Damian, gerente-geral da Casa del Nonno, há 55 hectares plantados no mundo – e somente em Santa Catarina. A vinícola produz 100 mil litros por ano e integra o catálogo mundial do slow food. Devido à qualidade, tipicidade e identidade, o vinho da uva Goethe dessa região tornou-se a primeira Indicação Geográfica de Santa Catarina. Durante a visitação, é contada a história da uva, da vinícola, os processos, feito um tour pela vinícola e uma degustação com cinco vinhos, queijo, salame e pão (R$ 18 por pessoa).

Para saber mais: Conheça a Serra do Rio do Rastro, um dos destaques turísticos de Santa Catarina, e seu eco resort luxuoso

Laguna (49 km de Gravatal)

Praia em Laguna.
Vista aérea do Farol de Laguna.

O auge de Laguna fica com a avistação de baleias, nos meses de agosto e setembro. Mas uma visita ao Farol de Santa Marta, construção histórica que proporciona uma vista arrebatadora, é válida em qualquer época do ano. Menos interessantes são o Museu Anita Garibaldi e Casa de Anita, nascida em Laguna, mas pouco representada pelas instituições que levam seu nome.

Santa Rosa de Lima (55 km de Gravatal)

Santa Rosa de Lima é um município recentemente reconhecido pelo turismo rural.

Este é um caso de turismo de experiência, para quem abre mão de qualquer luxo e se dispõe a conhecer outro estilo de vida. Programando um passeio rural, é possível colher morangos e fazer a própria cachaça, por exemplo, acompanhado de pessoal local. A operadora LM, com sede em Gravatal, fornece o serviço.

Nova Veneza (88 km de Gravatal)

Nova Veneza: caracterizada por construções que são patrimônios históricos.

Considerada um pedaço da Itália em Santa Catarina, é caracterizada por construções que são patrimônio histórico nacional e pela preservação de costumes e tradições, seja na gastronomia, no folclore e até no dialeto falado como uma segunda língua. A gôndola veneziana – doada pela província de Veneza e uma das quatro embarcações oficiais espalhadas pelo mundo – é um dos atrativos, bem como o Carnavale di Venezia, baile realizado durante a Festa de Gastronomia, em junho, e que retrata o original Carnaval de Veneza.

*A jornalista viajou a convite da Secretaria de Turismo de Gravatal.

*Matéria publicada originalmente na edição 215 da revista TOPVIEW. 

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