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Novo colunista fala sobre sua paixão pelo mundo dos charutos

Os charutos têm se tornado cada vez mais democráticos, despertando o interesse de novos públicos. E a partir deste mês, os charutos têm um espaço da TOPVIEW

Neste mês, eu estreio este espaço para compartilhar com você uma das maiores paixões da minha vida: os charutos.

O meu encantamento é compartilhado por milhões de pessoas em todo o mundo que encontram no hábito da degustação uma história repleta de detalhes fascinantes e quebras de tabus, além da experiência democrática que é vivenciar a cultura charuteira.

Uma das coisas de que eu mais gosto sobre os charutos é como a sua trajetória se mistura com a história da humanidade. Por isso, vou começar contando como tudo começou.

Há controvérsias sobre a sua origem, mas muitos estudiosos consideram um vaso maia datado do século 10 como o primeiro registro da cultura charuteira. Nesse vaso, está o desenho de um homem fumando folhas de tabaco enroladas em um barbante, similar ao que conhecemos atualmente como charuto. Com as grandes expedições chegando à América, mais especificamente a Cuba, os europeus tiveram contato com os povos locais, que fumavam folhas de tabaco enroladas com as mãos, uma espécie de charuto primitivo.

Foi nesse momento que o tabaco ganhou o mundo, com o retorno dos europeus aos seus países de origem levando as folhas e difundindo o ato de fumar. A diferença é que os europeus consumiam o tabaco em cachimbos e a prática enfrentou resistência em alguns países.

Foi em 1726 que o charuto como conhecemos conquistou o seu espaço, com Israel Putnam levando os primeiros charutos cubanos para os Estados Unidos. Pouco tempo depois, em 1840, Cuba já era o principal produtor mundial de charutos – reconhecidos como alguns dos melhores do planeta. Uma curiosidade é que, apesar de ser de origem latino-americana, a palavra vem de cheroot, um tipo de charuto famoso na era vitoriana.

Mais de 10 séculos após o primeiro registro, somente no Brasil, a indústria produziu mais de 13 milhões de unidades, gerando mais de cinco mil empregos diretos e indiretos. Cada vez mais democrático e, mesmo assim, ainda controverso, o charuto desperta interesse por onde passa. E é este o meu objetivo a partir de agora: compartilhar com você um pouco desse mundo fascinante. Seja muito bem-vindo (a)!

CHARUTOS DO MÊS

Alonso Menendez Del Patrón Robusto Brasileiro, feito à mão, com folhas inteiras. R$ 43.
H. Upmann Robusto Añejados Cubano, envelhecido por cinco anos. R$ 98
Perceverancia Maduros Canõnazo Nicaraguense, feito com folhas de fumo maturado. R$ 38

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