Wellness na palma da mão
Todas as noites, antes de dormir, eu me desconecto do mundo para me conectar ao smartphone. Mas, em vez de navegar pelas notificações das redes sociais ou acessar sites de notícias e ler e-mails, eu acesso um aplicativo voltado à prática da meditação. É o momento que dedico a mim, à atenção plena em minha consciência de corpo, mente e espírito. E os resultados são muito positivos.
Quando falamos de cuidar da saúde, logo nos vem à mente investimento em atividades em academias, clubes, roupas, acessórios. Mas vivemos conectados — e por que não utilizar esse aparelho que está aí ao seu lado (ou na sua mão) para a prática da saúde?
Eu, por exemplo, pratico meditação com o aplicativo Chopra, que é gratuito e muito fácil de utilizar. A vantagem é que existe uma variedade imensa de apps nesse sentido, como o Calm — de meditação guiada — e muitos outros. É só buscar e começar.
No início de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um resumo científico que mostra que a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, colocando os serviços de saúde mental como uma emergência de saúde pública. 90% dos países pesquisados pelo estudo já levaram a incluir o tema e o apoio psicossocial em seus planos de resposta à COVID-19.
A boa notícia é que, em meio a isso, atividades como meditação, mindfulness e yoga se tornaram mais populares. E a tecnologia facilitou esse acesso. Em 2021, a busca por aplicativos de saúde mental aumentou em 130%. Ou seja, as pessoas querem — e podem — cuidar mais da saúde mental sem depender apenas de recursos financeiros ou de iniciativas do governo ou de empresas.
O equilíbrio mental passou a ser a habilidade mais requisitada em meio a um universo caótico — e somos nós quem devemos olhar para a nossa saúde com prioridade. Afinal, precisou vir uma pandemia para nos mostrar que não existe melhor investimento do que tempo dedicado a esse equilíbrio.
*Matéria originalmente publicada na edição #261 da revista TOPVIEW.