Tudo que você precisa saber para viajar com seu pet
Matéria escrita com a observação do jornalista Daniel Moura
Os gastos dos brasileiros com viagens internacionais em 2024 atingiram o maior patamar desde 2019, marcando a retomada após a pandemia, conforme aponta o relatório “Estatísticas do Setor Externo” divulgado pelo Banco Central em 25 de novembro de 2024. Viajar para o exterior é um desejo comum, e incluir o animal de estimação na aventura pode tornar a experiência ainda mais especial. No entanto, muitas pessoas têm dúvidas sobre as regras e procedimentos necessários, o que pode dar a impressão de que levar o pet em uma viagem longa é um processo complexo. Confira os passos essenciais para se preparar adequadamente e viajar com seu amigo de quatro patas.
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Cada país tem suas próprias regras para entrada de animais. Na União Europeia, o passaporte europeu de animais é destinado a cães, gatos e furões e permite a entrada deles em todos os países que fazem parte do grupo. Além disso, existem alguns requisitos específicos, como o tratamento contra a tênia Echinococcus multilocularis em países onde essa parasitose é controlada. Mantenha-se atualizado sobre mudanças legislativas e restrições regionais.
Inicie a organização da documentação com pelo menos quatro meses de antecedência. Leve sempre cópias de todos os documentos exigidos, já que uma delas ficará retida pela companhia aérea. Desde 16 de janeiro de 2023, é possível solicitar o Certificado Veterinário Internacional (CVI) de forma online, facilitando o processo para os viajantes.
Antes de embarcar, certifique-se de que o pet está tranquilo. Caminhe ou brinque com ele para gastar energia e reduza a alimentação para evitar enjoos. Leve petiscos, tapetes higiênicos e sacolas plásticas para emergências. Importante: nunca administre calmantes ao animal, pois ele deve permanecer em estado de alerta para situações de emergência.
Microchip obrigatório
Para viagens internacionais, o animal precisa de um microchip de identificação e deve seguir os padrões ISO 11784 ou ISO 11785. Ele terá os dados do responsável em um cadastro que fica na base de dados internacional, para que, caso o animal se perca, ele possa ser levado à uma clínica veterinária e identificado.
Carteira de vacinação em dia
Certifique-se de que a vacina contra raiva esteja atualizada e não tenha passado de um ano e precisa, necessariamente, ser aplicada após a colocação do microchip. Além disso, o veterinário deve emitir um atestado de saúde até 10 dias antes da viagem.
Sorologia
Essa parte do procedimento é um pouco mais complicada, já que não são todos os consultórios de veterinários que fazem essa etapa. Existe uma lista de laboratórios aprovados no Brasil que conseguem realizar o teste, que devem ser enviados para aprovação nos órgãos competentes do país de destino.
Mala de transporte e identificação
Para viagens de avião, é fundamental verificar o padrão exigido pela companhia aérea, pois cada empresa possui suas próprias regras. De maneira geral, as malas ou mochilas de transporte precisam ser de material macio, possuir fundo impermeável e ter um tamanho adequado para acomodar o animal com conforto e segurança.
É importante destacar que animais com até 10 kg (incluindo o peso da mala de transporte) podem ser levados na cabine do avião. Já os animais de médio e grande porte, que excedem esse limite, não são permitidos na cabine e devem viajar no bagageiro em compartimentos apropriados para o transporte de animais.
Considere contratar uma assessoria especializada
Uma assessoria pode simplificar o processo, garantindo o cumprimento de todas as etapas e minimizando riscos de erros.
Viajar com o seu pet exige cuidado e planejamento, mas é perfeitamente possível com a preparação certa. Seguindo estas etapas, você garante uma experiência agradável para você e seu companheiro de quatro patas. Boa viagem!