Sob a ótica de um problema: as sete doenças oculares mais comuns
Pause a sua leitura por um momento e faça o seguinte exercício: escolha um objeto próximo e o observe por alguns segundos. Em seguida, olhe para o objeto mais distante e, novamente, o observe por alguns segundos. Perceba como você os enxerga: a visão é limpa? Ou nota que ela conta com pequenas interferências (embaçamentos, nuvens, pontos escuros)? Há diferença de qualidade da visão entre o objeto próximo e o distante?
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Se você notou leves interferências, saiba que não está só: de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 285 milhões de pessoas têm a visão prejudicada. Delas, entre 60 e 80% têm doenças tratáveis. Se considerarmos o Brasil, o número também é alarmante: o Censo 2010 registrou mais de 35 milhões de brasileiros com algum grau de dificuldade visual.
Como o outro enxerga?
Colocar-se no lugar do outro não é simples. Não só emocionalmente. Mas para realmente entender e solucionar as dificuldades. Se fosse possível verdadeiramente ocupar, por um dia, outro corpo, certamente se encontraria maneiras mais rápidas de melhorar estruturas de acessibilidade, criar espaços inclusivos para pessoas com deficiência e avançar em tecnologias de saúde para tratar e curar. Para entender como pessoas com as doenças oculares mais comuns enxergam, a TOPVIEW convidou o diretor do Setor de Catarata e Cirurgia Refrativa do Hospital de Olhos do Paraná, Marcelo Vilar. O profissional destaca a importância de fazer exames regulares para garantir a eficácia nos tratamentos oculares. E lembra que as cirurgias podem ser uma alternativa para quem busca um resultado definitivo para problemas nesse sentido: “as cirurgias refrativas melhoram a qualidade visual dos pacientes, além de trazerem conforto e, principalmente, recuperarem a visão total em boa parte dos casos.”
The black point: degeneração macular
A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) causa lesão na mácula — área central da retina. A doença causa perda gradual da visão. Pode ser tratada com medicamentos, uso de óculos ou revertida com cirurgia.
Efeito: vinheta glaucoma
O glaucoma causa danos ao nervo ocular e reduz, ao longo dos anos, a visão. A doença leva à cegueira e se desenvolve lentamente — podendo não manifestar sintomas por bastante tempo. A progressão da doença pode ser reduzida com medicamentos e interrompida com cirurgia.
Através das janelas: catarata
A catarata causa a perda de transparência do cristalino — a lente natural dos olhos —, levando à redução da qualidade visual e até à cegueira. A doença deve ser tratada com cirurgia (a substituição do cristalino pela lente intraocular é um dos métodos mais seguros).
Movement: ceratocone
A ceratocone é uma doença genética que causa a redução progressiva da parte central da córnea. Com a condição, ela é empurrada para fora, formando um cone, e causa comprometimento da visão. A doença pode ser tratada com lentes corretivas, anel corneano intraestromal e transplante de córnea.
City lights: astigmatismo
O astigmatismo é causado por uma irregularidade no formato da córnea ou do cristalino. A doença gera dificuldades para o paciente enxergar de perto e de longe. A condição pode ser tratada com lentes corretivas, uso de óculos, procedimentos médicos e cirurgias oculares e refrativas.
Em primeiro plano: hipermetropia
Na hipermetropia, o globo ocular é um pouco mais curto do que o normal. Isso causa uma dificuldade para o paciente enxergar de perto. A condição pode ser tratada com lentes corretivas, uso de óculos, procedimentos médicos e cirurgias oculares e refrativas.
#Blur: miopia
A miopia é um erro refrativo do globo ocular que foca incorretamente os objetos. Os pacientes com essa condição têm dificuldades em enxergar a distância. A condição pode ser tratada com lentes corretivas, uso de óculos, procedimentos médicos e cirurgias oculares e refrativas.
*Conteúdo originalmente publicado na edição 279+ 281 da revista TOPVIEW.
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