Óleos essenciais ajudam a combater as doenças respiratórias no inverno
O período do inverno, que começou no dia 21 de junho e vai até 23 de setembro deste ano, sempre traz um aumento de casos de doenças respiratórias. É muito comum, principalmente crianças e os mais idosos, sofrerem com resfriados, gripes, sinusites, bronquites e algumas reações alérgicas.
LEIA TAMBÉM: Como cuidar da pele no frio e no calor?
Com o clima frio e o ar mais seco, associado a aglomerações em ambientes fechados, proporcionando o aumento da proximidade entre as pessoas, ocorre a facilitação de transmissão de vírus e bactérias, o que pode levar a irritação das vias aéreas, desenvolvimento e propagação de doenças. Em meio a tudo isso, adotar algumas práticas de prevenção podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico e, assim, combater qualquer tipo de doença.
De acordo com a Talita Pavarini, que é especialista em aromaterapia e práticas integrativas, uma boa alternativa para manter a boa saúde neste período é a busca por métodos naturais que podem ajudar a tratar de doenças respiratórias.
“É importante porque esses métodos complementam os tratamentos tradicionais, ajudando a aliviar sintomas com bastante segurança, desde que orientados por um profissional de saúde, sem os mesmos efeitos colaterais dos medicamentos”.
Formada em enfermagem na USP, com graduação, mestrado e doutorado, Talita Pavarini, acredita que este tipo de tratamento com aromaterapia pode ser fundamental para os públicos especiais, como crianças, gestantes e idosos. “A partir do contato com métodos naturais ocorre um aprendizado para você atuar na prevenção minimizando as chances de adoecimento nos próximos invernos”, afirma.
O que são os Óleos Essenciais?
Por meio de estudos e pesquisas em Práticas Integrativas, Talita conseguiu encontrar nos óleos essenciais uma boa opção para o tratamento de doenças respiratórias no inverno.
A especialista explica que os óleos essenciais, que são misturas complexas de compostos químicos voláteis produzidos por plantas, desempenham um papel essencial em suas funções ecológicas, como atração de polinizadores e defesa contra patógenos e herbívoros.
“Felizmente, é possível obter para nossa utilização com foco na saúde. Eles são obtidos a partir de várias partes da planta, incluindo flores, folhas, cascas, raízes e frutos, por diversos métodos, com destaque para a destilação a vapor”, revela.
Ainda de acordo com a especialista, os efeitos positivos são sempre esperados neste tratamento por conta dos principais componentes dos óleos essenciais, que acabam ajudando os pacientes que têm problemas respiratórios.
“Os principais componentes dos óleos essenciais que podem ser eficazes no tratamento de problemas respiratórios incluem eucaliptol (encontrado no óleo de eucalipto), que tem propriedades anti-inflamatórias e expectorantes, mentol (encontrado no óleo de hortelã-pimenta), que ajuda a aliviar a congestão, tosse.”
Os principais benefícios dos Óleos Essenciais para a saúde
Um dos principais benefícios é a prevenção, com a utilização do difusor ultrassônico sem filtro que umidifica o ar associado aos óleos essenciais e também tratamento que permite o alívio da congestão nasal, redução da tosse, melhora da inflamação nas vias aéreas;
Outro benefício é a melhora significativa do resfriado comum, tosse seca e congestão nasal. Outras questões de saúde que afetam o sistema respiratório também se beneficiam, no entanto, é imprescindível que seja prescrito por um profissional de saúde capacitado em Aromaterapia;
Mas, apesar dos resultados positivos, a especialista explica que o tratamento não substitui os tratamentos convencionais e, sendo assim, uma prática que complementa e auxilia.
Como aplicar?
Já em relação aos métodos de aplicação, a especialista revela que a forma mais eficiente e segura está na utilização da via inalatória, podendo ser utilizado um difusor ultrassônico sem filtro.
“Colocando 250 mL de água e 4 gotas de óleos essenciais, inalando por 15 minutos (dose adulto). Inalação a seco, quando se pinga uma gota de óleo essencial em um algodão e inala profundamente por 3 vezes (principalmente quando se está fora de casa ou em ambiente coletivo). Outros métodos precisam de orientações via consulta”, explica.
Em relação aos cuidados e precauções
Talita explica que o principal cuidado deve estar em tomar a dose correta. Segundo ela, algumas pessoas podem acreditar que, por ser natural, consumir uma quantidade em demasia pode ajudar a acelerar o processo. Contudo, ela explica que essa combinação pode ser perigosa e que, se o paciente não estiver atento, pode gerar intoxicação.
“Nunca duvide da potência de uma gota! Outra preocupação é acreditar que todos os óleos essenciais podem ser aplicados diretamente na pele. É um grande erro e pode levar a dermatites e processos alérgicos. O método mais seguro é diluir para passar na pele junto de um óleo vegetal (nunca mineral)”, diz ela.
Já em relação às contraindicações, crianças de todas as idades, gestantes, pessoas com históricos de epilepsia, asma, alergias e hipertensos de difícil manejo devem passar por uma consulta, pois a composição de alguns dos óleos essenciais pode comprometer o estado de saúde.
“A segurança do paciente deve ser a premissa número zero para a utilização da Aromaterapia. Com uma avaliação detalhada de como o paciente se encontra associada a necessidade no momento, a prescrição de óleos essenciais é assertiva, somada ao acompanhamento dos resultados”, finaliza.
Em todo caso, a especialista também alerta para a importância de buscar orientação profissional. Segundo ela, isso ajuda a garantir a segurança no uso e os benefícios dos óleos essenciais.