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Reposição hormonal 2.0: tudo o que você queria saber sobre o tema

Antes utilizados para contornar os efeitos da menopausa, tratamentos de reposição hormonal ganham adeptas em busca de melhor performance física, emagrecimento e disposição

Os tratamentos para reposição hormonal se tornaram um aliado das mulheres, principalmente para contornar situações típicas que acompanham a meia-idade. Entretanto, mesmo aquelas que ainda estão longe de entrar na menopausa vêm buscando esse tipo de recurso com o objetivo de ganhar massa muscular, combater os efeitos da TPM, acelerar o processo de emagrecimento, aumentar a disposição e melhorar a libido.

A médica Márcia Simões Alves, da Clínica Éden, explica que a terapia de reposição hormonal é a administração de hormônios para várias finalidades. No caso das mulheres, a procura é mais frequente para contornar os sintomas da menopausa, que acontece, geralmente, entre os 45 e 55 anos.

Segundo o médico Mozart Souza Lima Morais, que trabalha com Medicina Esportiva e Preventiva, outro momento para buscar a reposição se dá quando ocorrem as baixas hormonais naturais da mulher, principalmente da testosterona, que é o hormônio sexual masculino e que, no sexo feminino, provê músculos, força, disposição e libido. “Hoje, há mulheres que buscam suplementar a testosterona na expectativa de melhorar a performance e definir o corpo. Mas isso pode resultar em efeitos colaterais indesejados, como virilização e aumento do número de pelos no corpo”, comenta.

Morais diz que existem diversas técnicas de reposição hormonal, mas as mais usadas são a fitoterapia, com o uso de substâncias encontradas nas plantas e que atuam de forma similar aos hormônios (fito-hormônios), e a medicamentosa. “O que difere será a via utilizada, que pode ser oral, gel transdérmico, adesivo, injetável, DIU ou implante hormonal subcutâneo”, esclarece.

Conheça as principais técnicas de reposição hormonal

Fito-hormônios: são uma alternativa aos hormônios sintéticos e usados principalmente para combater os sintomas da menopausa, por estimularem a produção de progesterona ou estrogênio. A isoflavona é o mais popular.

Implante hormonal subcutâneo: conhecido também como “chip da beleza” ou chip hormonal, libera, gradualmente, pequenas doses de hormônios. Usado como contraceptivo, contribui ainda para melhorar a disposição física, reduzir a gordura e a celulite e melhorar a libido. Também pode ser usado como alternativa no tratamento da endometriose.

Comprimidos: hormônios para ingestão oral. Geralmente, são derivados de estrogênio, testosterona ou progesterona. O uso oral, no entanto, pode sobrecarregar o fígado e causar danos hepáticos.

Gel transdérmico: composto por testosterona, é similar aos cremes e adesivos. Deve ser aplicado diariamente.
Adesivos: aplicados geralmente na região dos glúteos, devem ser substituídos semanalmente. Os hormônios contidos no adesivo entram na corrente sanguínea através da pele.

Spray (via nasal): o uso desse método de reposição ainda é restrito no Brasil.

Adesivos: aplicados geralmente na região dos glúteos, devem ser substituídos semanalmente. Os hormônios contidos no adesivo entram na corrente sanguínea através da pele.

Injeção intramuscular: é usada com intervalos semanais ou mensais e apresenta doses diferenciadas de hormônios ao longo do tratamento. Ao contrário dos comprimidos, caem diretamente na corrente sanguínea, sem passar pelo fígado.

Cremes e cápsulas vaginais: aplicados diretamente na vagina, normalmente são compostos por estrogênio. Devem ser usados diariamente, com pausa apenas no período menstrual.

A matéria do G1 tira dúvidas em relação à segurança da reposição hormonal

 

*Matéria publicada originalmente por Danielle Blaskievicz na edição 211 da revista TOPVIEW.

* Uma versão anterior desta matéria afirmava erroneamente que a médica Márcia Simões era especialista em Nutrologia. A informação foi atualizada em 10/04/2019.

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