SELF SAúDE

Problemas cardíacos em mulheres são mais comuns do que se imagina: o <3 precisa de mais atenção

Atualmente, cerca de 30% dos casos de infarto têm mulheres como vítimas, com uma média de 200 casos fatais por dia

 As mulheres costumam sofrer mais risco de terem problemas cardíacos na maturidade, a partir dos 40 anos, mas principalmente após os 50, quando chegam à menopausa. A partir desse período, diminui a produção do estrogênio, um protetor da saúde feminina.

De acordo com a cirurgiã cardiovascular do HCor (Hospital do Coração), Dra. Magaly Arrais, após a menopausa há um aumento de 30% nos casos de infarto e cirurgias cardíacas em mulheres, a partir dos 50 e 60 anos. Fabricados pelo próprio corpo da mulher e produzido pelos ovários, o estrogênio é um grande aliado do coração, porque estimulam a dilatação dos vasos e facilita o fluxo sanguíneo. Após a menopausa, a proteção hormonal oferecida por ele começa a cessar, aumentando as chances de doenças cardiovasculares. No Brasil, mais de 200 mulheres morrem por dia vítimas de infarto, sendo as cardio e cerebrovasculares a principal causa de morte entre elas, chegando a matar seis vezes mais que o câncer de mama.

Para a cirurgiã cardiovascular do HCor, Dra. Magaly Arrais, a mulher precisa dar mais atenção aos sintomas de doenças cardiovasculares. Ela os confunde, muitas vezes, com problemas na coluna, cansaço ou até mesmo dor no braço, por ter carregado uma criança ou sacolas pesadas.  “A mulher tem acumulado vários papéis. Ela trabalha fora, cuida da casa e da família. O ritmo acelerado a expõe a muito estresse e favorece hábitos pouco saudáveis, como sedentarismo e má alimentação. O tabagismo, a falta de atividade física regrada, a bebida e alimentos não saudáveis com altos índices de colesterol e gordura, contribuem na obstrução das artérias coronárias. É o cenário perfeito para um infarto ou um derrame”, esclarece.

Cuidados que garantem a saúde e o bem-estar: além de evitar o cigarro, é fundamental realizar avaliações médicas periódicas para detecção de fatores de risco cardiovasculares como a pressão alta, o diabetes e as alterações do colesterol, a partir dos 30 anos de idade pelo menos. O controle da alimentação, aumentando o consumo de frutas, legumes e verduras, melhora a saúde e ajuda a controlar o peso. Estes hábitos devem ser multiplicados aos filhos, para que eles cresçam de maneira saudável.

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