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Fique atenta! Mioma uterinos afetam 80% das mulheres entre 30 a 40 anos

Especialista em radiologia intervencionista do Hospital São Vicente destaca técnica sem corte, com 95% de chances de sucesso, para preservar a função do útero

Apesar de o mioma uterino se caracterizar como um tumor benigno na fase reprodutiva da mulher, os sintomas podem alterar a qualidade de vida tanto pessoal, quanto profissional. Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) estimam que 80% das mulheres em idade fértil tenham miomas. Segundo o Instituto de Radiologia Intervencionista do Paraná, o problema é mais recorrente em mulheres na faixa de 30 a 45 anos.

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“Acredita-se que haja uma propensão genética para o surgimento do mioma, pois se origina de uma célula do músculo do útero que inicia uma multiplicação desordenada. Seu crescimento está diretamente ligado à ação do estrogênio. Isso explica o seu desenvolvimento durante o período reprodutivo da vida da mulher e a diminuição de tamanho após a menopausa”, explica Alexander Ramajo Corvello, médico radiologista intervencionista do Hospital São Vicente.

De acordo com o especialista, o mioma pode ser definido como um tumor de tecido muscular, de caráter benigno, que pode ser assintomático ou sintomático.

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Sintomas de miomas uterinos

Nos casos em que a paciente apresenta sintomas, os principais são: dor pélvica

  • sangramentos anormais e importantes
  • anemia
  • aumento na frequência urinária
  • crescimento anormal do abdômen
  • dor durante a relação sexual ou o exercício físico
  • lombalgias ou cólicas intensas
  • em casos mais graves: problemas reprodutivos

Como tratar os miomas uterinos

Entre os mecanismos de tratamentos, afirma Corvello, está o tratamento clínico com medicamentos para aliviar os sintomas dos miomas uterinos, mas que tendem a retornar após a suspensão, pois a existência de liberação de estrogênio faz com que possa haver retorno dos sintomas.

Outra forma de tratamento é o cirúrgico representado pela retirada do útero (histerectomia) e a miomectomia que é a retirada cirúrgica dos miomas de forma seletiva.

Já o tratamento percutâneo, é feito por meio da embolização uterina, uma técnica minimamente invasiva, realizada por cateterismo via pequeno pertuito de 5 mm pela virilha que visa o efetivo tratamento dos sintomas da Miomatose e que preserva a função do útero.

Cada paciente tem sua indicação para cada um desses tratamentos e, em muitas pacientes, a possibilidade de realizar um ou mais procedimentos acima.

O que é embolização uterina?

“Com o surgimento do mioma ainda na fase reprodutiva da mulher, existem casos em que aparecem sintomas incapacitantes. De forma pouco invasiva, o procedimento, por meio do cateterismo, consiste na introdução de um cateter por um pequeno furo na virilha. Como é indolor e sem pontos, a paciente fica internada entre 24 a 48 horas e, após a alta, já pode voltar às suas atividades normais”, esclarece o especialista.

O radiologista destaca, ainda, outras vantagens do método realizado há 25 anos, como o índice de até 25% de sucesso no controle dos sintomas, além da possibilidade de realizar a embolização de todos os tumores ao mesmo tempo, uma vez que a mulher pode ter diversos miomas uterinos.

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