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Especial Home & Health: Em paz com o tempo

Técnica de congelamento de óvulos possibilita que mulheres tenham o tempo ao seu favor e realizem o sonho da maternidade com segurança

Os tempos mudaram e o comportamento das mulheres também, inclusive quando o assunto é planejamento familiar. Buscando seu espaço no mercado de trabalho e na vida acadêmica ou focando no autoconhecimento, é comum que muitas mulheres adiem por alguns anos o sonho de ser mãe, mas acabam esbarrando em uma questão biológica: a fertilidade.

O ginecologista Dr. Marcelo Gomes Cequinel, especialista em reprodução humana, conta que a solução para as pacientes que desejam postergar a maternidade é fazer o congelamento dos óvulos. “A gente sabe que as chances de gravidez vão caindo muito com o passar da idade, principalmente a partir dos 37 anos e após os 40 anos. Mesmo os procedimentos de reprodução assistida não conseguem reverter o efeito do tempo. Quando a paciente faz o congelamento, ela pode preservar a sua fertilidade na idade em que congelou seus óvulos”, explica o médico.

Não há idade limite para fazer o procedimento, mas o ideal é que a coleta seja realizada até os 35 anos, quando os óvulos são mais resistentes e, consequentemente, deverão apresentar um resultado melhor no momento em que forem descongelados. Nessa faixa etária, conforme explica o Dr. Cequinel, a perspectiva é de 60% de chance de que esses óvulos, no futuro, resultem em uma gestação. A coleta é um procedimento realizado com a paciente sedada, guiada por uma ecografia transvaginal – e dura menos de uma hora.

“Quando a paciente faz o congelamento, ela pode preservar a sua fertilidade na idade em que congelou seus óvulos.”

Depois, quando a paciente quiser optar pela gravidez, a utilização dos óvulos congelados será feita por meio da fertilização in vitro. “Obrigatoriamente, a paciente vai passar por um procedimento de reprodução assistida, em que esses óvulos são descongelados e inseminados por meio de uma técnica chamada ICSI, em que a gente usa um único espermatozoide, que é injetado diretamente dentro do óvulo”, esclarece o médico. Os embriões gerados são então acompanhados por alguns dias e, depois, transferidos para dentro do útero da paciente.

Até os 50 anos, a paciente pode passar pelo procedimento sem empecilhos. Após essa idade, será necessário comprovar um bom estado de saúde para a gestação. Ganhando alguns anos, as mulheres podem, enfim, ficar em paz com o tempo.

Marcelo G. Cequinel 

(Foto: Divulgação)

Especialidade: Ginecologista com especialização em Reprodução Humana 
CRM – PR: 13122

*Caderno especial publicado na edição #249 da revista TOPVIEW e apresentado pela Construtora Laguna.

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