Especial BIOOS: Olhar para o todo

O avanço das técnicas terapêuticas tem proporcionado olhar sob novos pontos de vista para situações tidas, até então, como irreversíveis. As dores nas costas que aumentam com o passar dos anos, por exemplo, eram vistas como inevitáveis e não havia muito o que ser feito em relação a isso — o paciente deveria iniciar uma trajetória de reclusão, diminuição da mobilidade e, consequentemente, mais transtornos.

Para a fisioterapeuta Claudia Pellenz, a grande mudança está no olhar sistêmico para os sintomas que impedem um paciente de atingir uma boa qualidade de vida. “Quando abordamos o indivíduo de forma sistêmica, olhamos de forma integrativa para o todo, para o sistema que o cerca. Então, olhamos para o ambiente no qual esse indivíduo convive, para seu sistema familiar”, explica.

Segundo ela, abordar todos os âmbitos da vida de um paciente é fundamental para quem busca uma longevidade saudável. Por isso, técnicas de fisioterapia integrativa, como a microfisioterapia e a constelação familiar, têm trazido novas possibilidades no tratamento e na prevenção de doenças.

Na microfisioterapia, terapia manual que visa tratar a causa da doença e não apenas seu sintoma, os toques na pele fazem com que o corpo diferencie todos os traumas vividos, seja de ordem física ou emocional. “Isso é possível porque nosso organismo tem uma memória própria, que é construída por meio de micromovimentos imperceptíveis dos nossos órgãos e células. Com essa memória, podemos identificar as razões para a perda de vitalidade e descobrir a causa ou o trauma que explique a origem de doenças e de vários sintomas que atrapalham a qualidade de vida”, explica Pellenz.

As técnicas da fisioterapia integrativa podem ser abordadas de forma preventiva ou como atenção secundária no tratamento de doenças. Por isso, abrem caminho para novos pontos de vista em relação à longevidade e à qualidade de vida.

*Matéria originalmente publicada na edição #261 da revista TOPVIEW.