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Dores no inverno: como amenizar o quadro em tempos de menor temperatura

Idosos são, geralmente, mais frágeis ao cenário

Queixar-se da piora das dores em dias frios está longe de ser um drama ou frescura. A mudança de temperatura realmente interfere no desconforto, tanto muscular quanto articular, principalmente para quem já vive a terceira idade. Segundo o reumatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Leandro Parmigiani, os idosos geralmente são mais frágeis ao cenário por apresentar doenças associadas e maior dificuldade de manter o aquecimento do corpo.

A capacidade de garantir o aquecimento corporal citada pelo médico tem papel importante para amenizar a maior sensibilidade à dor em climas mais gelados. “No frio, o organismo tenta manter a temperatura do corpo. Para isso, ele acaba fazendo com que os músculos fiquem contraídos, o que acaba por provocar dor”, explica Parmigiani. “Além disso, é um período que são feitos menos movimentos, o que colabora para uma rigidez maior”, complementa.

Por conta desse quadro, é recomendado promover a vasodilatação, ou seja, a melhora na circulação do sangue pelo corpo para o alívio das dores. De acordo com o reumatologista, esse resultado pode ser conquistado com duas ações: manter-se aquecido e praticar atividade física. “Neste cenário, a alimentação também pode ser uma grande aliada. Nós indicamos o consumo de sopas e chás que auxiliam no aquecimento do corpo, e consequentemente, a vasodilatação e o relaxamento muscular”, diz.
Outro grupo que também sofre com o aumento da dor no frio é formado por pacientes com insuficiência circulatória, que têm o funcionamento regular das artérias e/ou veias afetado e doenças como osteoartrite, artrite reumatóide ou espondilite anquilosante. Esse quadro também vale para quem convive com a fibromialgia, em que a dor é muscular.

“Em pacientes com doenças crônicas, é importante diferenciar o que é causado pela doença e o que se deve ao agravamento do quadro de dor por conta da mudança de temperatura. Com o frio, podemos ter um aumento da percepção de dor e não uma piora da doença. É essencial saber distinguir isso”, concluí.

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